Qual é a religião do Japão?

Perguntado por: agaspar . Última atualização: 17 de julho de 2023
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Ainda assim, muitas pessoas se consideram tanto xintoístas como budistas. A estatística da Agência de Assuntos Culturais para 2011 mostra a membresia combinada de ambas as religiões em 187,4 milhões, cerca de 53% a mais do que o total da população do Japão.

O xintoísmo é a religião nacional do Japão e constitui-se de crenças e práticas religiosas de tipo animista. Ao contrário da maior parte dos credos contemporâneos, não possui um fundador específico, livro sagrado, dogmas ou código moral.

O xintoísmo atribui um valor sagrado aos Kamis, que são seres divinos responsáveis por manter o equilíbrio entre o homem e a natureza gerando uma harmonia entre os dois, sem necessariamente separar um do outro. Para o xintoísmo não existe separação do ser real e do não real.

Na Ásia de Monções (Sul e Sudeste Asiático), destacam-se o Bramanismo na Índia, o Lamaísmo no Nepal e Butão, além do Tibete, na China. Também existem muitos adeptos do Budismo. Em países como Tailândia, Vietnã, Japão, destaca-se o Budismo e, na China, o Confucionismo, além do Xintoísmo.

O Budismo no Japão é basicamente Mahayana, com raras exceções. Ao longo de sua história milenar, porém, esse Budismo nunca conformou uma expressão religiosa monolítica. Ainda hoje, encontram-se diversas ―escolas‖ ou ―ramos‖ budistas, com centenas de subdivisões.

Segundo estatísticas, a religião com maior número de adeptos no país é o xintoísmo com 84% de representação, seguida do budismo com 71%, sendo que muitos japoneses acreditam nas duas religiões de forma complementar.

Segundo o Shukyo Nenkan de 2019, o relatório religioso anual da Agência de Assuntos Culturais do país, há 84 mil organizações xintoístas (46,9%), 77 mil budistas (42,6%) e 4,7 mil cristãs (2,6%) ativas.

Amaterasu Omikami

Os kamis (deuses) podem ter as mais variadas formas, desde seres humanos, animais, tempestades, pedras, rios, estrelas e etc. No entanto, a principal divindade do xintoísmo é a deusa do Sol Amaterasu Omikami, que, de acordo com a lenda, nasceu a partir do olho esquerdo do deus da criação, Azanagui.

kami

No xintoísmo, a palavra kami (神) é utilizada tanto para se referir a um deus como a uma infinidade de deuses que estão presentes na natureza de diversas formas. Para os japoneses, as pedras, árvores, montanhas e demais elementos da natureza são habitados por deuses.

No sentimento religioso da maioria dos japoneses o Xintoísmo e o Budismo podem coexistir pacificamente sem conflito. Para uma pessoa comum, entretanto, a filiação religiosa não se traduz em uma frequência regular aos cultos.

Apesar da aparente diversidade religiosa, a população segue basicamente o cristianismo: são cerca de 60 a 70 por cento de católicos e de outros 20 a 30 por cento de evangélicos, segundo a FGV e o Datafolha. Todas as demais religiões não reuniriam mais do que 3 por cento da população.

Todas as religiões colocam desafios à concepção de actividades religiosas normais enun- ciada pelo Governo chinês. O budismo é a religião organizada com o maior número de seguidores, cerca de 100 milhões, e está confinada na maior parte à tradição Mahayana, a religião da maior parte dos Han budistas.

Enfrentaram quase 300 anos de rígidas proibições, perseguições e execuções que levaram muitos a renunciarem sua fé ou então a praticarem a religião como kakure kirishitan, na clandestinidade. O número de católicos no país asiático não alcança hoje 1% da população de 126 milhões de habitantes.

O Budismo é uma religião oriental que acredita na reencarnação e que uma pessoa pode se libertar do sofrimento através de uma vida equilibrada. Foi fundado mais ou menos 500 anos antes de Cristo por um homem chamado Siddharta (conhecido como Buda).

Budismo em crescimento no país
Segundo dados do censo brasileiro de 2010, há atualmente no Brasil 243 966 praticantes do budismo. Em 1991, eram 236 408 budistas e, em 2000, eram 214 873.

O termo Buda se refere mais a um estado, desenvolvido através da ascese, cujo significado é o Iluminado. Não se trata de alguém divino, de natureza sobrenatural. Pelo contrário, príncipe de nascença, Sidharta não apenas logrou a Iluminação mas foi o responsável pela divulgação dos ensinamentos: o Dharma.