Quais são os órgãos mais sensíveis à radiação?

Perguntado por: iescobar . Última atualização: 17 de julho de 2023
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A radiação no organismo humano produz efeitos, que representam danos diferentes para cada região afetada. As gônadas sexuais, os pulmões, o estômago e a medula óssea apresentam uma grande sensibilidade à radiação.

Por exemplo, se as células formadoras do sangue são as mais sensíveis devido a sua taxa de reprodução ser rápida, os órgãos formadores do sangue são os mais sensíveis à radiação. As células musculares e nervosas são relativamente mais resistentes à radiação e, portanto, os músculos e o cérebro são menos afetados.

As mais afetadas são as células com alta taxa de proliferação, como as reprodutivas e as da medula, que são mais radiossensíveis", explica Giuseppe d´Ippólito, professor do Departamento de Diagnóstico por Imagem da Universidade Federal Paulista (Unifesp).

Grandes doses de radiação ionizante podem causar doença aguda reduzindo a produção de células sanguíneas e danificando o trato digestivo. Uma dose muito grande de radiação ionizante também pode danificar o coração e os vasos sanguíneos (sistema cardiovascular), o cérebro e a pele.

A radiação pode provocar basicamente dois tipos de danos ao corpo, um deles é a destruição das células com o calor, e o outro consiste numa ionização e fragmentação(divisão) das células. O calor emitido pela radiação é tão forte que pode queimar bem mais do que a exposição prolongada ao sol.

Quem acha que apenas um herói dos quadrinhos é capaz desse feito não conhece a superbactéria Deinococcus radiodurans . Considerada o organismo mais resistente à radiação em todo o mundo, ela suporta até 1,5 milhões de rads (sigla em inglês para 'dose absorvida de radiação').

Os Raios Cósmicos são a maior fonte natural de exposição externa à radiação.

Os principais exemplos, são: as ondas de rádio, as ondas emitidas pelos celulares e radares, transmissão de TVs, redes Wi-Fi etc.

Quanto maior a exposição à radiação, maior a chance de uma pessoa desenvolver câncer e outras doenças como anemia, pneumonia e até a falência do sistema imunológico. A radiação pode alterar o material genético das células, provocando seu crescimento desordenado.

Câncer de tireoide, tumores, leucemia aguda, doenças oculares, distúrbios psicológicos e até mesmo danos à composição genética são apenas algumas das piores consequências à saúde que a alta exposição à radiação pode causar em humanos.

Depois de 18 a 20 aplicações em regiões específicas do pulmão, a dose se completa em 50.000 milisieverts. Um ser humano pode morrer em poucas horas se seu corpo inteiro for exposto à 50.000 milisieverts.

A partícula beta pode atingir uma velocidade de até 95% da velocidade da luz, já a partícula alfa é mais lenta e atinge uma velocidade de 20.000 km/s, e os raios gama atingem a velocidade das ondas eletromagnéticas (300.000 km/s).

Ainda são níveis razoavelmente seguros para a saúde. Já uma exposição de 100 mSv ao longo de um ano é considerada perigosa. Uma dose dez vezes maior que essa, de 1 Sv por ano, é capaz de provocar o surgimento de um câncer fatal em 5% das pessoas expostas. Mas pode demorar muitos anos até que a doença se manifeste.