Quais as desvantagens dos latifúndios?

Perguntado por: oalves . Última atualização: 25 de setembro de 2023
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O latifúndio permite a concentração de terras, em posse dos grandes fazendeiros, e isso com frequência é apontada como a principal causa de injustiças sociais.

A expulsão dos trabalhadores rurais do campo e a ampliação dos latifúndios tem como consequência intensos conflitos entre grandes proprietários e camponeses. Segundo a Pastoral da Terra, somente nos estados do Pará, Bahia, Mato Grosso, Paraíba e Rondônia em 2018, foram assassinadas 28 pessoas.

Perpetuação da desigualdade social: como foi mostrado anteriormente, há uma construção de desigualdade ao longo da história, sendo assim, a permanência e o constante ímpeto pela ampliação dos latifúndios se apresentam como um mecanismo de concentração de terras e, consequentemente, capital nas mãos de poucas pessoas, ...

Os latifúndios fazem com que a terra não tenha seu valor social cumprido e acarretam a desigualdade social ao servirem apenas como fonte de enriquecimento para especuladores de imóveis.

Latifúndios são grandes propriedades agrícolas pertencentes a um proprietário, empresa ou família, podendo ser produtivos ou improdutivos. Latifúndio é uma grande propriedade rural geralmente não cultivada e não explorada, portanto representa terras com reduzido aproveitamento econômico, improdutivas.

O controvertido empresário Falb Saraiva de Farias, de 78 anos, ainda não desistiu de ser reconhecido como dono de 12,7 milhões de hectares e de ficar rico com a exploração de suas propriedades em sete municípios do Amazonas e um do Acre.

Latifúndio corresponde a uma extensa propriedade agrícola privada, geralmente não exploradas economicamente, portanto improdutivas. Quando exploradas são destinadas ao cultivo de um único produto agrícola (monocultura), com finalidade de abastecer, comumente, o mercado externo, devido à produção em larga escala.

Os latifúndios, como também são conhecidos estes estabelecimentos, aumentaram em quantidade e extensão. Eram 47,5 mil em 2006, ano da pesquisa anterior, e passaram para 51,2 mil em 2017. Além disso, ocupavam 150 mil hectares no passado contra 167 mil hectares mais recentemente.

O meio rural brasileiro se caracteriza de forma negativa pela concentração de terras, isso provoca problemas no campo como desemprego, baixos salários, precárias condições de trabalho, conflitos, degradação ambiental, degradação humana entre outros.

Os latifundiários entenderam que a escravidão, mais cedo ou mais tarde, chegaria ao fim e que os seus cafezais corriam o risco de ficar sem mão de obra. A Lei de Terras eliminaria esse risco.

O que dificulta o programa de reforma agrária é que não adianta apenas dividir terras é preciso infra-estrutura, créditos e facilidades para pagamentos de débitos, comercialização, etc., além da necessidade de recursos para modernização dos meios de produção rural para o aumento da produtividade para assim poder ...

Já 20,72% responderam que o ponto negativo da Reforma Agrária é a falta de créditos, 9,91% destacaram a falta de assistência como principal problema, e 4,50% apontaram a falta de créditos e de assistência técnica.

Maior concentração de terras revelada pelo Censo Agropecuário incentiva desmatamento e conflitos. Maior percentual de área dedicada à agricultura nas mãos de menor número de proprietários de terras.

Os dois tipos de latifúndio existentes no Brasil-Colônia são o engenho açucareiro e a fazenda. O açúcar representará a primeira grande atividade econômica do país, sendo cultivado em toda a faixa litorânea do território.

Dono de grande propriedade rural.

“O latifúndio, mais do que uma extensão de terra, era um sistema de dominação que estava na base do poder dos proprietários, como um mecanismo de controle social, principalmente sobre aqueles que se encontravam no interior dos grandes domínios”, explica Marcelo Grynspan, pesquisador do Centro de Pesquisa e Documentação ...