Porque Sexta é dia de comida baiana?

Perguntado por: narruda . Última atualização: 17 de julho de 2023
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O hábito de comer comida baiana na sexta-feira envolve o catolicismo, em que há abstenção da carne vermelha em respeito ao derramamento do sangue de Cristo na sexta santa, e, o candomblé, em que deve-se comer comidas mais leves nesse dia da semana.

Além de saborosa, a “culinária baiana” está intimamente ligada aos cultos de origem africana. Nesse sentido, a confecção dos alimentos devem atender as exigências dos deuses originários da África, os orixás. “Elaboradas, requintadas na forma, no ordenamento do preparo, ou na simplicidade aparente prescrito pelo mito.

Arroz de Hauçá
É um dos pratos preferidos de muitos baianos, inclusive do escritor Jorge Amado.

Origem e principais influências da comida baiana
Se os índios já plantavam mandioca e milho para fabricar pirão, beijus e bebidas fermentadas, os portugueses trouxeram cozidos de carne de boi com legumes, sardinha, bacalhau e doces finos.

Embora a tradição de comer peixe seja mais comum, não é estritamente proibido comer outras carnes nesse dia. Segundo a igreja, a abstinência de carne é uma questão de praticar a caridade e a ajuda ao próximo.

Doces típicos da Bahia: conheça 5 sobremesas baianas

  • Quindim de iaiá De origem portuguesa, o quindim de iaiá é uma sobremesa típica da Bahia que conquistou o paladar dos brasileiros. ...
  • Arroz-doce. O arroz-doce tem sua origem em terras asiáticas, sendo preparado apenas com açúcar e leite. ...
  • Baba de moça. ...
  • Cocada.

Mugunzá Você certamente já deve ter provado o mugunzá, mais uma das comidas típicas da Bahia, principalmente no café da manhã. Isso porque, em outros estados, é conhecido como canjica. O doce é feito de milho, açúcar, leite, canela e manteiga.

Eles apreciam comidas típicas da Bahia como o vatapá, caruru, acarajé, coco, cocada e farofa de carne seca. Os Baianos vêm em missão de alívio ao sofrimento e como orientadores espirituais. São fortes guerreiros e trabalham tanto na Direita, quanto na Esquerda.

Na umbanda, a cocada é usada como oferenda para as entidades conhecidas como baianos e erês.

A palavra acarajé se origina da língua africana iorubá: akará = bola de fogo e jé = comer, sendo assim, “comer bola de fogo”.

Xangô

No universo do candomblé, o acarajé é comida sagrada e ritual, ofertada aos orixás, principalmente a Xangô (Alafin, rei de Oyó) e a sua mulher, a rainha Oiá (Iansã), mas também a Obá e aos erês, nos cultos daquela religião.

A origem do vatapá é africana.
Chegou no Brasil por intermédio dos africanos iorubás escravizados em meados do século XVI e trazidos para o país em navios negreiros. Seu nome foi originado pelo termo iorubá vata'pa, mas também era conhecido como ehba-tápa.

Durante o período, os fiéis observam muitas práticas e tradições que são ligadas, principalmente, ao catolicismo, e uma das mais conhecidas diz respeito à abstinência de carne na Sexta-feira Santa.

Em Levítico 11, o Senhor fala a Moisés e Arão e estabelece quais animais podem ser comidos e quais não podem: “Você pode comer qualquer animal que tenha o casco fendido e que rumine. Há alguns que só ruminam ou só têm o casco fendido, mas não deves comê-los.

Segundo o padre Nilton Pereira, não há nenhuma recomendação por parte da Igreja Católica para o fato dos fieis deixarem de tomar banho, limpar a casa e não pegar em dinheiro. “Nesta época, a espiritualidade é muito forte e neste período as pessoas associam o dinheiro ao fato de Judas ter vendido Jesus.

acarajé

O acarajé é um prato típico da culinária baiana, que leva como principal ingrediente o feijão fradinho. É uma das comidas mais populares da Bahia e pode ser encontrado em quase todos os lugares, desde barracas de praia até restaurantes sofisticados. Abará é uma variação do acarajé que também é muito popular na Bahia.