O que tem dentro de um linfedema?

Perguntado por: lbonfim . Última atualização: 25 de setembro de 2023
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Linfedema é uma doença crônica caracterizada pelo inchaço progressivo de um membro (braço ou perna) por acúmulo de linfa nos tecidos debaixo da pele, causando importantes repercussões funcionais e estéticas que alteram a qualidade de vida dos seus portadores.

O linfedema é o acúmulo de linfa nos tecidos que resulta em um inchaço. Quando os vasos linfáticos sofrem lesão ou obstrução, o líquido linfático não consegue ser drenado e se acumula nos tecidos, causando inchaço. Bandagens compressoras ou meias de compressão pneumática podem ser usadas para reduzir o inchaço.

O linfedema é classificado clinicamente em três estágios: estágios I, II e III onde no estágio I o paciente não tem inchaço ao acordar, porém no transcorrer do dia aparece o inchaço. No estágio II do linfedema o inchaço é observado desde que levanta e piora no transcorrer do dia.

Há 2 tipos de linfedema: Linfedema hereditário, conhecido como linfedema primário: quando as pessoas já nascem com uma diminuição ou, nos casos mais graves, ausência dos vasos e nódulos linfáticos.

Independente da causa, o linfedema aumenta a pressão hidrostática nos vasos linfáticos distais causando o edema. A persistência dele favorece a deposição de Matriz Extracelular e fibrose, provocando um “endurecimento” da pele sobrejacente. Às vezes a perfusão insuficiente dos tecidos pode causar ulceração da pele.

O linfedema é o acumulo de líquido no braço ou na perna devido ao bloqueio do sistema linfático. O sistema linfático conduz a linfa pelo corpo e ajuda no combate de infecções. Pacientes com câncer podem desenvolver linfedema em membros superiores ou inferiores.

A celulite pode provocar ou agravar o linfedema. Na verdade, se torna um problema crônico e antibióticos podem ser usados para manter tudo sob controle. A constrição ou compressão do braço ou perna pode aumentar a pressão dos vasos sanguíneos e linfáticos próximos e isso pode levar ao aumento de líquido e do edema.

Como se gradua o linfedema? Grau l: Pessoas que têm linfedema que desaparecem apenas com o repouso noturno; Grau 2: Pessoas que têm linfedema que não diminuem com o repouso, que já apresentam áreas de fibrose tecidual,mas que podem ser eliminados com drenagem linfática, fisioterapia e procedimentos médicos.

O Linfedema inicial (grau I) pode ser revertido com orientações dos cuidados profiláticos com a pele, da cinesioterapia específica e auto-massagem, que estimula a circulação linfática nas vias e linfonodos intactos que podem transportar o líquido estagnado.

Linfedema: Como diminuir as chances de ter esse problema

  • Não sobrecarregue o seu corpo. Para evitar o inchaço, evite usar muito o braço ou a perna do lado operado. ...
  • Reduza o risco de infecções. Você precisa proteger a região afetada de toda e qualquer infecção. ...
  • Proteja-se do calor. ...
  • Faça massagens de drenagem.

Para alguns quadros pode haver indicação de medicamentos que auxiliem no tratamento do linfedema. A título meramente exemplificativo, a diosmina e a hesperidina podem ser prescritas. Estes medicamentos irão contribuir no fortalecimento da circulação sanguínea, favorecendo o retorno do sangue dos membros inferiores.

Dentre elas, destacamos o escurecimento da pele, dor local, vermelhidão, ferimentos, coceira, indisposição e baixa mobilidade. Além disso, outras duas complicações do linfedema merecem uma atenção especial: a erisipela de repetição e a elefantíase.

Estágio 1: o edema é compressível e a área afetada frequentemente volta ao normal pela manhã. Estágio 2: o edema não é compressível e a inflamação crônica do tecido mole provoca fibrose precoce. Estágio 3: o edema é forte e irreversível, principalmente por causa da fibrose de tecidos moles.