O que significa a alma para Agostinho?

Perguntado por: ucurado6 . Última atualização: 24 de setembro de 2023
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Segundo Agostinho, a alma, juntamente com o corpo, é um entre os dois constituintes que formam um ser humano7. O filósofo africano parte da ideia platônica de que a alma humana é uma “[...] substância que participa de uma razão adaptada ao governo de um corpo”8.

Para Santo Agostinho a alma é, seguindo a lógica da metafísica que se consolidava desde antes dele, o princípio motor do corpo, sede de todas as faculdades mentais. Assim, a sensação, a percepção e também a memória são faculdades da alma, que se utiliza do corpo para realiza-las.

Agostinho em seu cogito afirma que a alma colhe a certeza de ser e de ser pensante. A alma conhece algumas verdades, sobretudo como princípio da não contradição e da própria existência, porque neste caso a dúvida é uma prova da existência.

A “alma” é o sopro vital, aquilo que anima o nosso corpo. O “espírito” é a parte da nossa alma que nos difere dos outros animais, ou seja, é a nossa parte racional. A “mente” é a parte superior dessa parte racional, é a mente ou pensamento, que nos possibilita apreender as coisas inteligíveis.

A alma não se limita a ser entendida como o princípio da vida, mas é também vista como o princípio de conhecimento. A alma é uma substancia independente do corpo, é eterna, unindo-se a ele de forma temporária e acidental. As almas pertencem ao Mundo Inteligível ou Mundo das Ideias (real, imutável, eterno, etc).

A morte não é nada. É somente uma passagem de uma dimensão para outra. Eu somente passei para o outro lado do ... Santo Agostinho: o amante dos prazeres que, convertido, se ...

Para Agostinho, a mente possui três faculdades essenciais e inseparáveis: o intelecto, a memória e a vontade.

A mensagem de Santo Agostinho
Era defensor da ideia de pecado original e da predestinação – teoria de que o destino da vida humana é planejado por Deus. A fé seria o único meio de alcançar a verdade, sendo a razão o responsável pela comprovação dessa verdade. Também pregou a manutenção e defesa da paz.

Para Agostinho, ao contrário, o espírito caracteriza-se pela sua história pessoal, pelos pecados que carrega, pela sua singularidade, pela carga pessoal de experiências passadas e atuais, pelos modos de se deixar motivar, pelo seu modo privilegiado de autodoação.

Mas a alma é extremamente importante para o ser humano. Ela tem a ver com uma série de atividades inerentes à vida, como pensamento, sensibilidade, afetividade, além das faculdades psíquicas, morais e intelectuais que caracterizam um ser humano.

O que caracteriza a alma humana é a racionalidade, a inteligência, o pensamento, pelo que ela é espírito. Mas a alma humana desempenha também as funções da alma sensitiva e vegetativa, sendo superior a estas.

Os filósofos e fisiologistas imaginavam que ela estava situada no coração, nos rins, na medula ou nas vértebras, e hoje acredita-se que a alma aloja-se no cérebro. Ou no intestino, nosso segundo cérebro. Sabemos que há um sistema das emoções - o sistema límbico.

Para Tomas de Aquino, a alma humana é uma forma simples, não se compõe de matéria e forma, mas há nela composição de ato e potência. A Alma humana seria o último grau numa hierarquia descendente dessas formas simples.

A alma aristotélica, princípio de vida, divide-se me três funções (faculdades) fundamentais: (a) vegetativa, (b) sensitiva, e (c) intelectiva.

Marco Catão disse que a alma é imortal e celestial, e, enquanto vive em um corpo, vive oprimida.