O que o movimento vegano defende?

Perguntado por: ealves . Última atualização: 17 de julho de 2023
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O movimento vegano é o ativismo contra qualquer tipo de exploração animal por parte dos seres humanos, principalmente por meio das indústrias agropecuária, farmacêutica, de moda e beleza. Ele anda lado a lado com a causa de defesa dos animais – selvagens e domésticos – e com a causa ambiental.

Nos últimos anos, o veganismo, uma filosofia de vida que defende a exclusão não só da carne, mas de qualquer alimento de origem animal (leite, mel, ovos, etc) da dieta, com objetivo de eliminar toda e qualquer forma de exploração animal, vem crescendo e ganhando mais adeptos a cada ano.

O veganismo é uma ideologia anti-crueldade e contra a dominação dos animais não-humanos, já o seu oposto – que é culturalmente predominante -, conhecido como carnismo ou anti-veganismo, legitima a exploração e o sofrimento animal em detrimento de privilégios humanos.

O veganismo luta para acabar com o consumo de carne e de alimentos de origem animal e pelo fim de qualquer tipo de exploração animal. E isso vem dando resultados: grandes marcas estão deixando de usar animais em testes, por exemplo.

O que é veganismo
Veganismo é um movimento filosófico e cultural que se opõe à exploração animal em todas as formas. Ele se abstém de consumir produtos de origem animal, como carne, leite, ovos e laticínios. Não apenas isso, como também o uso de produtos de origem animal como roupas, sapatos e outros itens.

Por que ser vegano? Porque não precisamos consumir produtos animais para sobreviver ou ter saúde. E, sendo assim, não é necessário usar os animais como produtos, tirar-lhes a liberdade, a vida e ainda, por conta dessa exploração, destruir o planeta.

Primeiro, vem o argumento da “hipocrisia”, fundamentado na ideia de que os veganos também têm sangue nas mãos. Isso na forma de massacres de plantas, do custo ambiental dos abacates e de todos os ratos do campo mortos durante colheitas de vegetais.

O termo vegan [vegano] foi criado em 1944 pelo marceneiro britânico Donald Watson e, desde então, transformou-se em um movimento político, ético e de estilo de vida. Em 1944, foi criada a Vegan Society, na Inglaterra, entidade responsável por propagar essa filosofia.

Confira as estimativas. Se, literalmente, todo o mundo deixasse de comer carne e seus derivados e aumentasse a ingestão de frutas e vegetais, cerca de oito milhões de mortes anuais seriam evitadas, sem contar um detalhe: dois terços da poluição atmosférica atual não existiria.

O veganismo rejeita o consumo de todos os alimentos e produtos de origem animal, inclusive os objetos feitos de pele ou o mel, bem como o uso de animais em experiências farmacológicas. É “uma filosofia e um sistema de crença”, segundo o autor da ação.

São Paulo

Da mesma forma, São Paulo lidera como a cidade mais vegan-friendly da região, com 573 alternativas em toda a cidade. Diferentemente da tendência da maioria dos países da América Latina, no Brasil, a categoria delivery se posiciona em segundo lugar, atrás da categoria restaurante.

Israel

Israel tem a maior porcentagem de veganos em todo o mundo, com cerca de 5 a 8 por cento de toda a população sendo vegana. Grande parte desses veganos é habitante da capital do país, Tel Aviv.

A pesquisa mostra que o Brasil lidera o ranking dos países e cidades mais veganas da região, seguido por México, Argentina, Colômbia e Chile. São Paulo está em primeiro lugar no ranking de cidades latinas dentro desse mesmo perfil — Rio de Janeiro e Porto Alegre também estão entre os dez mais.

O veganismo, então, assim entendido como uma prática não só alimentícia, mas também de vestuário e de relacionamento humano com os demais seres sencientes, apresenta-se como um caminho que pode ser classificado como ético sob a perspectiva da Sustentabilidade.

Enquanto o vegetariano estrito não consome nenhum alimento animal ou seus derivados, os veganos evitam e proíbem tudo o que cause algum dano aos bichinhos. Isso inclui também cosméticos, roupas, produtos de higiene, entre outros.