O que foram os sofistas?

Perguntado por: eportela . Última atualização: 21 de agosto de 2023
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Os sofistas eram um grupo de filósofos, sábios e eruditos que viajavam de cidade a cidade para divulgar os conhecimentos, em troca de dinheiro. Os estudantes e discípulos dos filósofos sofistas deveriam pagar taxas para que pudessem ouvir os ensinamentos dos filósofos e sábios.

Protágoras de Abdera

Os mais conhecidos sofistas foram Protágoras de Abdera (c. 490-421 a.C.), Górgias de Leontinos (c. 487-380 a.C.), Hípias de Élis, Isócrates de Atenas, Licofron, Pródicos e Trasímaco. Vamos agora conhecer um dos mais importantes, Protágoras.

Os sofistas ensinavam principalmente os jovens a debater em público e a defenderam suas opiniões e seus pontos de vista. A finalidade desse método era o desenvolvimento do poder de argumentação para derrubar as teses contrárias e convencer as pessoas.

O sofista ficou marcado pela capacidade em argumentar sobre diversos temas, incluindo astronomia, matemática, pintura e poesia. A capacidade de argumentar sobre vários assuntos era atribuída à boa memória. Os sofistas ensinavam sobre política, música, poesia por meio da retórica e oratória.

Os Sofistas eram uma espécie de tutores ambulantes que percorriam as cidades ensinando a arte da retórica às pessoas interessadas. Porém, isso era feito mediante pagamento (eram “empreendedores”). Eles se ocupavam de ensinar o que os gregos chamavam de Arete, isto é, a virtude.

Uma das principais criticas aos sofistas era a de que sua posição baseava-se apenas em verossimilhança, quando um argumento parece verdadeiro, mesmo que não o seja. O objetivo dos sofistas seria, pela visão de filósofos como Aristóteles, apenas o de vencer o debate, sem preocupar-se com a busca pela verdade.

Principais sofistas
Ainda assim, é possível destacar os trabalhos de: Protágoras – Nasceu no ano de 490 a.C. em Abdera e é considerado por muitos autores como sendo o primeiro sofista. Entre as diversas hipóteses levantadas por ele, Protágoras afirmava que “o homem era a medida de todas as coisas”.

Sofistas eram instrutores itinerantes da Grécia Antiga e foram criticados por Sócrates em função de seu ensino, que não libertava o indivíduo das opiniões. Os sofistas foram amplamente criticados desde Sócrates até meados do século XIX.

Diferentemente dos sofistas que costumavam nutrir a arrogância de saber tudo sobre todas as coisas, Sócrates confessava só saber uma única coisa: que nada sabia. Pode-se pensar que tal confissão era uma nítida evidência de falsa modéstia, porém não se tratava disto.

Protágoras

Górgias. Górgias, nasceu em Leontinos, na Sicília, por volta de 483 a.C. e morreu em Lárissa, cerca de 380 a.C. Foi um filósofo grego que junto à Protágoras, formou a primeira geração de sofistas.

Sócrates criticou os sofistas também por sua pretensão de saber ilimitado — um saber não-fundamentado que, em realidade, corrompia a alma dos jovens. Isso acontece porque o discurso dos sofistas era independente do pensamento.

A maior contribuição dos sofistas foi, certamente, utilizarem-se da razão para ajudar a colocar o ser humano em seu devido lugar, ou seja, no centro das atenções.

Os argumentos levantados permitiram concluir que os sofistas nos proporcionaram um grande legado à educação, de maneira a considerar o vasto universo político, cultural e as necessidades enfrentadas socialmente para a construção de uma pedagogia cada vez mais plural e significativa.

Os sofistas eram profissionais da educação durante o período da Antiguidade Clássica. Eles tiveram uma grande importância para a história da filosofia e para o desenvolvimento do pensamento filosófico. Graças aos sofistas é que o discurso se tornou um dos principais elementos da sociedade grega.

A primeira característica comum é o profissionalismo, no que foram os sofistas os primeiros professores que se tem notícia. Antes de Protágoras não se tem notícia de mercadores do ensino e, com efeito, Sócrates no Protágoras (349a) dirige-se a ele como o primeiro a aceitar pagamento por seu ensino.

Os sofistas surgiram num momento em que era indispensável aos gregos falar bem para chegarem aos cargos de direç^o da sociedade; eles foram os primeiros pensadores a refletir sobre as palavras e seu poder sobre as almas dos homens.