O que foi a conferência de berlim?

Perguntado por: . Última atualização: 28 de junho de 2023
4.8 / 5 9 votos

A Conferência de Berlim, também conhecida como conferência da África Ocidental ou Conferência do Congo, realizou-se em Berlim, de 15 de novembro de 1884 a 26 de fevereiro de 1885, marcando a colaboração europeia na partição e divisão territorial da África.

Relações Diplomáticas. A Conferência de Berlim decorreu entre 15 de Novembro de 1884 e 26 de Fevereiro de 1885. Participaram nesta conferência 14 países, entre os quais Portugal, incluindo alguns Estados que não dispunham de colónias, como foi o caso dos países escandinavos e dos EUA.

A Conferência de Berlim foi inicialmente idealizada por Portugal, porém, os alemães realizaram-na entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885, sob a liderança do chanceler alemão, Otto von Bismarck. Esse evento reuniu catorze potências da época com intuito de debater a ocupação da África.

Causas da Conferência de Berlim
Oficialmente, a reunião serviria para garantir a livre circulação e comércio na bacia do Congo e no rio Níger; e o compromisso de lutar pelo fim da escravidão no continente.

Resposta: A Conferência de Berlim, realizada entre 1884 e 1885, reuniu 14 potências do século XIX para debater a ocupação do continente africano. A Conferência de Berlim aconteceu entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885 e delimitou regras e acordos durante a ocupação do continente africano pelas potências europeias.

A nova delimitação dividia grupos coerentes de pessoas e mesclava grupos díspares, resultando em conflitos étnicos que foram, por décadas, manipulados pelos colonizadores em busca do controle político do território.

Os conflitos na África são basicamente motivados por disputas territoriais; golpes de estados, que geram crises políticas; rivalidades tribais, motivadas por questões étnicas ou religiosas; disputas por água e recursos minerais; e imersão do povo na miséria.

A África não foi totalmente dominada: dois países, Etiópia e Libéria, escaparam da colonização. A Etiópia não foi uma das vítimas do neocolonialismo, mas não foi por falta de tentativas. Por volta de 1880, a Itália era um dos países mais atrasados da Europa ocidental: ainda muito agrário, pobre, recém-unificado.

Os colonizadores vieram de diversos países – França, Portugal, Alemanha, Bélgica, só para citar alguns europeus. O primeiro momento de colonização do continente ocorreu entre 1880 e 1910 (veja o mapa abaixo).

Os britânicos fixaram-se em Gâmbia, Serra Leoa e Nigéria e continuaram a explorar Zanzibar e Egito, este último já controlado pelos britânicos desde 1882. Outro ponto de interesse foi a África Austral, na África do Sul, onde exploraram os diamantes.

A conferência de Paris foi o encontro das potências vencedoras da I Guerra Mundial e destinou-se a estabelecer o novo quadro diplomático e internacional decorrente da vitória dos aliados e da derrota das Potências Centrais, ou seja, da Alemanha, do Império Austro-Húngaro, do Império Otomano e da Bulgária.

Uma das principais características da exploração africana no período imperialista era o crescimento do Eurocentrismo. E esse Eurocentrismo se definia por meio da força dos colonizadores que obrigavam os nativos a adotarem aspectos europeus, como cultura e religião características da Europa.

O neocolonialismo tem relação direta com um acontecimento que revolucionou a Europa. Estamos falando da(s): a) Revolução Francesa.

Todas essas regiões formavam o antigo Reino do Kongo. O principal resultado da conferência de Berlim foi o estabelecimento de regras oficiais de colonização, mas, além disso, a conferência gerou uma onda de assinaturas de tratados entre os vários países europeus.

O imperialismo aplicado pelos europeus na África na segunda metade do século XIX deixou feridas no continente até os dias de hoje. Além de explorar os recursos naturais, o imperialismo provocou graves conflitos étnicos na África. A cultura africana também foi muito prejudicada neste processo.

Resistências como a “Revolução Urabista” no Egito, a luta de Sayyid Muhammad Abdullah Hassan pela libertação da Somália, as revoluções na Líbia e as duas guerras de Madagascar contra a França foram exemplos de luta contra a dominação europeia.