O que é opressão sexista?

Perguntado por: ohilario2 . Última atualização: 17 de julho de 2023
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Izabela Caixeta: No sistema patriarcal em que a gente vive, sexismo é uma forma de opressão que hierarquiza as existências a partir de 'diferenças biológicas', criando vantagens para pessoas lidas como homens, que detêm poder (econômico, representativo e simbólico), e desvantagens para pessoas lidas como mulheres.

A opressão contra as mulheres permanece presente na sociedade. A violência, o preconceito, a alienação, o sexismo, a desvalorização, entre tantas outras formas excludentes, ainda fazem parte do cotidiano. É no meio desta condição que a luta das mulheres desponta como libertária.

São conflitos no sentido antidemocrático, onde o direito à divergência política não está colocado. Ao contrário, são autoritários e fascistas porque pregam a destruição do pensamento antagônico. O adversário torna-se um inimigo a ser destruído.

Há, ainda, o oposto do feminismo, o masculinismo, que é um movimento que se mantém tímido. Ele vê a mulher como uma igual e, exatamente por isso, acredita que ela tem perfeitas condições de assumir as responsabilidades por seus atos, e não é simpático à ideia de regalias ou privilégios especiais.

No Brasil, as mulheres tem lutado contra os retrocessos em suas conquistas e, sobretudo, pelo direito de poder sair na rua, andar no transporte público sem sofrer assedio, ser agredida ou violentada e para que nenhum direito conquistado com tanta luta e resistência seja retirado por homens conservadores que veem as ...

Atualidades: 5 tipos principais de opressão social

  • Sexismo. O sexismo, ou a crença de que os homens cisgêneros são superiores às mulheres cisgênero com base no sexo, tem sido uma condição quase universal da civilização. ...
  • Classismo. ...
  • Racismo. ...
  • Xenofobia. ...
  • Preconceito de idade.

No entanto, na maioria das vezes, o opressor é consciente, tirano e faz isso para dominar suas vítimas ou oprimidos. O opressor quer dominar pelo medo emocional e psicológico.

Opressão é a sensação de estar sufocado, ter dificuldades para respirar, também no sentido figurado. A opressão faz com que as pessoas se sintam reprimidas, humilhadas, onde não conseguem fazer o que precisam ou têm vontade, pois estão sendo alvos de opressão, por parte de conhecidos, do governo, de manifestantes.

A opressão social existe mesmo antes do homem começar a registrar a história. Ela consiste no mais rico, no mais poderoso, no privilegiado se apoiar no mais pobre, no trabalhador, na “margem” da sociedade. “O Estado, como gestor da força de coerção, cria as condições adequadas para a relação entre capital e trabalho.

O conceito de opressão que aqui se propõe destaca a desumanização como traço definidor de todo prática opressora. Não obstante suas mais variadas manifestações, os atos opressivos têm em comum o fato de desumanizarem a pessoa contra a qual se voltam.

A abordagem que analisa conjuntamente os marcadores de “gênero, raça e classe” foi trabalhada em três grupos feministas, quais sejam, o feminismo marxista, o feminismo negro e a própria corrente dos estudos de interseccionalidade.

Embora o sujeito feminista historicamente seja a mulher, ou melhor, as mulheres em suas diversas e múltiplas identidades, o feminismo é para todos e todas, como diz Bell Hooks (2000), e interessa também aos homens, uma vez que eles também são sujeitos de gênero, ocupando essa posição, em geral, como opressores.

O machismo se refere a uma ideologia que promove a superioridade masculina, enquanto a misoginia é uma atitude de ódio específica em relação às mulheres. Enquanto o machismo pode afetar homens e mulheres, a misoginia é uma forma de discriminação que afeta apenas as mulheres.

O conceito de machismo estrutural, de acordo com Helio Hintze se baseia na construção, organização, disposição e ordem dos elementos que compõem o corpo social, dando sustentação à dominação patriarcal, enaltecendo os valores constituídos como “masculinos” em direto e desproporcional detrimento dos valores construídos ...

Na sociedade patriarcal, prevalecem as relações de poder e domínio dos homens sobre as mulheres e todos os demais sujeitos que não se encaixam com o padrão considerado normativo de raça, gênero e orientação sexual.

Essa diferença está enraizada em nossa sociedade sob a forma do machismo, muito em função de uma cultura patriarcal ultrapassada. Isso porque a estrutura familiar e as relações sociais antigas colocavam o gênero masculino no lugar mais elevado da pirâmide social.