O que diz a psicologia sobre a prostituição?

Perguntado por: rparis . Última atualização: 26 de setembro de 2023
4.6 / 5 14 votos

A prostituição pode ainda ser vista como uma maneira de se vivenciar a sexualidade de forma livre. O desejo pela liberdade é tão forte quanto a necessidade de sustentar-se, exercendo, assim, o direito sobre sua própria sexualidade (Bruns & Guimarães, 2010).

Como principais resultados, identificou-se que a principal causa que levou essas garotas a se prostituírem foi a falta de condições financeiras e, como perspectivas de futuro, as adolescentes aspiram deixar a prostituição, trabalhar, terem uma profissão e uma vida digna.

Ocorre principalmente como conseqüência da pobreza e violência doméstica, que faz jovens, crianças e adolescentes fugirem de seus lares e se refugiarem em locais que os exploram em troca de moradia. Acontece em redes de prostituição, pornografia, tráfico e turismo sexual.

Então é o que temos. Para as mulheres envolvidas, a prostituição traz um risco muito elevado de problemas de saúde a longo prazo graves, psicológicos e físicos, desespero suicida, possibilidade de ser espancada, estuprada e até mesmo assassinada. Nenhuma outra ocupação traz riscos tão elevados.

Prostituição “Clássica”. Prostituição no Turismo Sexual. Turismo Sexual. Exploração Sexual.

O universo da prostituição não abriga apenas o prazer, nas de- clarações de algumas garotas de programa observa-se a dura realidade da vida delas. São inúmeros os meios para contratar uma prostituta, e a cada encontro nenhuma delas sabe ao cer- to o que acontecerá. (VASCONCELOS e SANTOS 2011, p. 25).

Entende-se como prostituição masculina como o trabalho realizado por homens cisgêneros e transgêneros, no qual eles comercialização sexo para homens, mulheres ou casais mediados por uma remuneração financeira ou em troca de algo de interesse do profissional do sexo (ALECRIM et al., 2020).

Ademais, visualiza-se a prostituição como uma atividade perpassada por relações de gênero desiguais, por ser majoritariamente exercida por mulheres e pela natureza dos serviços prestados, serviço este de cunho sexual.

Trata-se da atividade que realiza a pessoa que cobra por manter relações íntimas com outros indivíduos. Prostituir-se consiste portanto em ter sexo a troco de dinheiro. Costuma-se dizer que a prostituição é a profissão mais antiga do mundo.

Prostituição e a lei
No modelo nórdico, adotado pela Suécia, Noruega, Islândia, Irlanda do Norte e França, pagar por sexo é ilegal.

A prostituição, seja ilegal ou legal, na rua ou num bordel, é extremamente perigosa para as mulheres. Elas são alvo das mais variadas formas de violência, muito em particular das mais variadas e cruéis formas de violência sexual. A legalização não irá, por certo, acabar com a violência.

No Brasil, a prostituição não é crime, mas quando é feita alguma prisão, quase sempre é pelos delitos de Ato Obsceno (art. 233 do Código Penal), ou Importunação Ofensiva ao Pudor (art. 61 da Lei de Contravenções Penais). O que é considerado crime, segundo o art.

Em religião, é «ato sexual que não é entre cônjuges; o pecado da luxúria; pecado da carne» (in Dicionário Eletrônico Houaiss).

A CBO indica, no subgrupo 5198, a classificação de “profissional do sexo”, que inclui “garota de programa, garoto de programa, meretriz, messalina, michê, mulher da vida, prostituta, trabalhador do sexo”.