O que acontece quando os órgãos começam a parar?

Perguntado por: aesteves . Última atualização: 19 de julho de 2023
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Náuseas; Redução da produção de urina; Queda da pressão sanguínea; Aumento da contagem de leucócitos e redução do número de plaquetas, nos exames de sangue.

Se os órgãos vitais deixam de funcionar, mas o coração continua batendo, através de manobras mecânicas, ocorre a chamada morte encefálica . Neste caso, o óbito é questão de horas ou dias.

A sepse, conhecida como infecção generalizada, é a principal causa de morte por falências múltiplas dos órgãos, em Unidades de Terapias Intensivas (UTI) no país. A doença também é a maior geradora de gastos públicos na área da saúde.

A síndrome de disfunção de múltiplos órgãos, também chamada síndrome da falência de múltiplos órgãos (SFMO), é caracterizada pela deterioração aguda de dois ou mais órgãos, resultando em perda da função dos órgãos acometidos. Uma das causas mais comuns SFMO é a sepse (choque séptico).

A sepse surge quando a resposta do corpo a uma infecção causa danos aos seus próprios tecidos e órgãos. Pode levar ao choque, falência de múltiplos órgãos e morte – especialmente se não for reconhecida precocemente e tratada prontamente.

Uma pesquisa mostra evidências de que a audição é o último sentido a se desligar quando morremos. Ou seja, algumas pessoas, no estágio final de suas vidas, ainda podem ouvir. O estudo foi publicado em 2020 no periódico Scientific Reports.

Os mecanismos disparados no organismo podem ser diferentes de acordo com a forma como cada indivíduo morre. Quando uma pessoa morre lentamente, como em casos de falência de múltiplos órgãos, o corpo humano tende a priorizar o cérebro, o coração e os rins.

A respiração pode ficar irregular. Confusão e sonolência podem ocorrer nas últimas horas. As secreções na garganta ou o relaxamento dos músculos da garganta provocam, por vezes, uma respiração ruidosa, denominada o estertor da morte.

Conhecida também como septicemia (termo que está caindo em desuso), a doença costuma ser fatal, afetando múltiplos órgãos e levando-os à exaustão em pouco tempo. Aos poucos, os cientistas têm decifrado o que acontece com o corpo quando há essa reação imunológica exagerada e desesperada.

Assim como o infarto do coração ou um acidente vascular encefálico, o timing de diagnóstico e tratamento da sepse é fundamental para saber como o paciente vai se recuperar. Ou seja, se você faz o diagnóstico rapidamente e o paciente é tratado no intervalo de poucos minutos ou horas, ele tem mais chance de sobreviver.

Outro processo muito importante é a remoção dos órgãos internos, que é feito abrindo-se o abdômen. A partir de então, cada órgão é drenado e retirado. Depois, eles ficam mergulhados em uma solução específica por algumas horas enquanto o agente funerário preenche as paredes internas da cavidade com pó ou gel específico.

Morte encefálica é a definição legal de morte. É a completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro. Isto significa que, como resultado de severa agressão ou ferimento grave no cérebro, o sangue que vem do corpo e supre o cérebro é bloqueado e o cérebro morre.

A mortalidade por Sepse ou Infecção Generalizada no Brasil é especialmente alta. Enquanto a média de mortalidade mundial é de 30-40%, aqui é de 65%. No caso de pessoas que já estão internadas no hospital, a sepse costuma ser causada pelas Superbactérias (Infecções Hospitalares).

Sintomas de sepse
Os mais comuns são: febre alta ou hipotermia, calafrios, baixa produção de urina, respiração acelerada dificuldade para respirar, ritmo cardíaco acelerado, agitação e confusão mental. Outros sinais possíveis da síndrome são o aumento na contagem dos leucócitos e a queda no número de plaquetas.

A sepse pode matar em horas ou dias, depende da intensidade. Com a infecção, os vasos sanguíneos se dilatam, e o coração passa a bater mais rápido.