O que a Igreja Católica fala sobre a clonagem humana?

Perguntado por: obrito5 . Última atualização: 26 de setembro de 2023
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Não é permitido portanto, destruir um embrião para obter células tronco, como tampouco abreviar a vida de um ser humano para extrair órgãos para um transplante, a fim de salvar outra vida", afirma padre Monari.

"Como os riscos associados à clonagem reprodutiva em humanos apresentam uma probabilidade muito alta de perda de vidas, o processo é considerado antiético", explica a Enciclopédia Britânica.

No Brasil, a Lei de Biossegurança, de 2005, proíbe a clonagem humana e prevê pena de reclusão de dois a cinco anos, além de multa, para quem praticá-la.

Há três tipos principais de argumentos contra a clonagem humana reprodutiva: afirma-se que não é segura; afirma-se que é prejudicial para a criança resultante; ou afirma-se que a duplicação de um dado genoma é de algum modo uma coisa má.

No dia 25 de novembro de 2001, um domingo, foi feito o anúncio público de que uma empresa de biotecnologia norte-americana - Advanced Cell Tecnology (ACT) - tinha conseguido fazer o primeiro clone humano a partir de células somáticas, utilizando fibroblastos.

26 da lei nº 11.105/05 passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 26. Realizar clonagem humana para fins reprodutivos: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

Pela proposta, podem ser clonados animais domésticos de interesse zootécnico: bovinos, búfalos, cabras, bodes, ovelhas, cavalos, asnos, mulas, porcos, coelhos e aves. Clonagem é a técnica capaz de fazer cópias idênticas de indivíduos multicelulares a partir de uma única célula.

Hans Spermann

Clonagem ainda é técnica em desenvolvimento
A idéia de clonagem surgiu em 1938 quando Hans Spermann, embriologista alemão (Nobel de Medicina, 1935) propôs um experimento que consistia em transferir o núcleo de uma célula em estágio tardio de desenvolvimento para um óvulo.

A clonagem é um procedimento de grande importância, pois abre perspectivas, por exemplo, para tratamentos que necessitam de transplantes, por meio do cultivo de células idênticas às do tecido da qual foram retiradas.

Portanto, a clonagem terapêutica é moralmente legítima porque permite o desenvolvimento de terapias úteis a um grande número de pessoas, evitando seu sofrimento e melhorando em princípio sua qualidade de vida.

A clonagem humana enfrenta alguns problemas, como, por exemplo, a instabilidade genética, que pode resultar em deficiência ao desenvolvimento fetal, advindo, conseqüentemente, problemas fisiológicos de difícil reparação.

De acordo com a lei vigente no Brasil, a clonagem humana reprodutiva é proibida, podendo a clonagem terapêutica (com utilização de células-tronco embrionárias) ser realizada, desde que os embriões usados sejam inviáveis.