É possível contrair a leptospirose ao ingerir bebidas em latas de alumínio?

Perguntado por: smarinho . Última atualização: 26 de setembro de 2023
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As latas de alimentos ou bebidas que são armazenadas em depósitos podem ter bactérias patogênicas potencialmente mortais. Uma dessas bactérias é a espiroqueta pertencente ao gênero Leptospira.

A infecção humana resulta da exposição direta ou indireta à urina de animais infectados. A penetração do microrganismo ocorre através da pele com presença de lesões, da pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou através de mucosas.

As leptospiras presentes na água penetram no corpo humano pela pele, principalmente se houver algum arranhão ou ferimento. O contato com água ou lama de esgoto, lagoas ou rios contaminados e terrenos baldios com a presença de ratos também podem facilitar a transmissão da leptospirose.

Fechar buracos e vãos nas paredes e rodapés para evitar a entrada de roedores nas casas. Manter ralos e vasos sanitários tampados com tampa pesada. águas da enchente ou do esgoto, procure imediatamente o Centro de Saúde mais próximo. Não se esqueça de contar ao médico o seu contato com água ou lama de enchente.

Leptospirose em cães

  • Ícterícia: mais leve, provocada principalmente pela L. icterohaemorrhagie.
  • Urêmica: provocada principalmente pela L canicola e atinge principalmente animais idosos e apresenta grande taxa de mortalidade.
  • Gastrintestinal: provocada principalmente pela L. canicola.

O curso clínico da leptospirose é variável, desde formas assintomáticas e oligossintomáticas até quadros clínicos graves associados a manifestações fulminantes. O período de incubação da doença varia de 1 a 30 dias, sendo mais frequente entre 5 e 14 dias.

No Brasil, os ratos urbanos (ratazanas, ratos de telhado e camundongos) são os principais transmissores da doença e o número de casos aumenta na estação das chuvas, por causa das enchentes e inundações.

As portas de entrada para as leptospiras invadirem o organismo dos hospedeiros vertebrados são a pele integra ou com abrasões e membranas mucosas: conjuntiva, oral, nasofaríngea e genital.

Os pesquisadores afirmam que, embora a leptospirose seja relativamente desconhecida no mundo desenvolvido, é um flagelo crescente em ambientes pobres em toda a América Latina, África, Ásia e regiões insulares. As bactérias que causam a doença são espalhadas através da urina de ratos e outros mamíferos.

Fase tardia
A manifestação clássica da leptospirose grave é a síndrome de Weil, caracterizada pela tríade de icterícia, insuficiência renal e hemorragias, mais comumente pulmonar. Entre- tanto, essas manifestações podem se apresentar concomitantemente ou isoladamente na fase tardia da doença.

E desinfetar locais e objetos que entraram em contato com a água ou lama contaminada, utilizando 200 ml de água sanitária diluída em um balde com 20 litros de água, já que a urina do rato seca, mas a bactéria permanece. O menor contato já oferece risco de contaminação.

“A gente trata com derivados de penicilina, um antibiótico, para matar a bactéria. Além disso, o paciente grave precisa ser internado na UTI para receber suporte clínico, realizar hemodiálise e, muitas vezes, fazer ventilação mecânica”, afirma o médico do Oswaldo Cruz. Portanto, leptospirose tem cura.

Se for ingerida, a leptospira morre ao entrar em contato com o suco gástrico. A possibilidade da pessoa se infectar bebendo em latinhas contaminadas com a urina de ratos é teoricamente possível, se houver uma ferida na boca, que possa permitir a entrada da leptospira no organismo pela circulação sangüínea.