De quem foi a ideia do novo ensino médio?

Perguntado por: acosta . Última atualização: 11 de julho de 2023
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O Novo Ensino Médio é uma reforma na grade curricular aprovada durante o governo do ex-presidente Michel Temer pela lei nº 13.415/2017, que alterou as Diretrizes e Bases da Educação Nacional e estabeleceu mudanças na estrutura do ensino.

O presidente da República, Michel Temer, e o ministro da Educação, Mendonça Filho, assinaram nesta terça-feira, 20, a liberação de R$ 850 milhões para duas iniciativas que se inserem no contexto do Novo Ensino Médio.

O Ministério da Educação (MEC) apresentou sua proposta de reestruturação do Novo Ensino Médio (NEM) nesta segunda-feira (07/08). Até 21/08, o documento será debatido com conselhos, setores da Educação e o Congresso Nacional, onde será votado em seguida.

A proposta do Novo Ensino Médio surgiu após a percepção de uma estagnação dos índices de desempenho dos estudantes brasileiros. Além disso, entre as etapas da educação básica, o ensino médio é a que tem as maiores taxas de abandono, reprovação e distorção idade-série (atraso escolar de dois anos ou mais).

O “Novo Ensino Médio” (NEM) foi instituído pela Medida Provisória n. 746/2016, extravagância antidemocrática do governo Temer aplaudida por dez entre dez fundações e institutos educacionais empresariais financiados por bilionários.

O Novo Ensino Médio é resultado da alteração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBI) por meio da lei 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Entre as mudanças, estão aumento da carga horária, nova grade curricular e ensino voltado para a formação profissional.

O Novo Ensino Médio foi iniciado em 2022 pelo 1º ano do ensino médio. Com base no calendário, que pode ser anulado, a implementação deve continuar em 2023 para os alunos do 2º ano até chegar também para aqueles que estão no 3º ano do ensino médio em 2024.

A mudança consiste na redução de itinerários formativos e na criação de novas matérias, sendo elas: Educação Financeira; Projeto de Vida; Redação e Literatura e Aceleração para Vestibular. As disciplinas tradicionais, como matemática e língua portuguesa, serão mantidas.

Antes da reforma, a carga horária letiva anual era de 800 horas, totalizando 2400 horas nos três anos. No Novo Ensino Médio, essa quantidade muda para pelo menos 1000 horas por ano, para que a carga total seja ampliada para 3000 horas.

Entre as mudanças sugeridas para o Novo Ensino Médio estão: Carga horária das disciplina obrigatórias (Formação Geral Básica - FGB) de 2.400 horas. No atual modelo, essa quantidade é de 1.800 horas (60%). A FGB passaria a representar 80% de toda a carga horária.

Houve falta de professores qualificados, falta de formação para os professores, precarização do trabalho dos educadores, diminuição das matérias tradicionais, deficiência no ensino dos itinerários formativos, aumento da privatização do ensino público por meio da educação a distância (EaD), infraestrutura inadequada das ...

A Reforma do Ensino Médio não alterou as condições estruturais das escolas, mas exige dos(as) professores(as) que trabalhem mais tempo com os(as) estudantes. Os resultados dessa situação são vistos no abandono da profissão docente, adoecimento dos(as) professores e uma piora na qualidade do ensino ofertado.