Como Nietzsche se propõe a pensar a vida?

Perguntado por: rramos . Última atualização: 25 de setembro de 2023
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Neste sentido, Nietzsche nos propõe a fazer algo novo da vida, ao invés de evitar o velho, nos lançar a novas experiências, num fazer característico de um transmutar, onde os velhos valores são destruídos para que novos sejam possíveis, partindo de uma reavaliação dos valores.

Nietzsche referia-se ao homem psicologicamente forte. Ele clamava que o ser humano deveria enfrentar a vida de frente, sem muletas metafísicas, como a religião. Para ele, o homem que não pratica o mal com medo do fogo do inferno, vale zero. Devemos encarar a vida como ela é.

Nietzsche defendia a ideia de que a vida deveria ser o critério a ser levado em conta quando refletimos acerca de nossas ações e ponderamos sobre nossos julgamentos. De maneira mais objetiva, essa ideia diz algo a respeito de criarmos o nosso próprio caminho e não vivermos a sombra dos caminhos dados a nós.

Segundo Nietzsche a vida é um constante criar e recriar sem uma teleologia pré-definida. É justamente por este aspecto que a arte expressa de forma mais transparente o que a vida é, pois, a arte é justamente o processo de criação e recriação sem uma finalidade para além da própria criação.

A vontade de poder surge em Nietzsche como o catalisador da vida humana, e como o dinamizador dessa vida, faz que mesmo os aspectos fisiológicos se desdobrem em um processo onde as forças internas mobilizem-se no sentido do conflito.

Assim Falou Zaratustra (1883)
Na obra, estão as ideias-chaves do pensamento de Nietzsche: a ideia de Super-Homem, a ideia de Transmutação de Valores, a ideia de Espírito Senhoril e a ideia de Eterno Retorno.

Em outras palavras, Nietzsche nos ensina que o dever da verdade nasce na relação moral que existe entre os homens (1984b, § 70). É esta relação moral que traz a exigência da verdade. Então, não é o caráter verdadeiro em si que o homem busca, mas a crença, a confiança em algo.

Nietzsche defendia a inexistência em vários sentidos: de Deus, da alma e do sentido da vida. Para ele, o ser humano deveria abandonar as muletas metafísicas, a chamada morte dos ídolos. O filósofo se opunha aos dogmas da sociedade, principalmente ao defender que a verdade era uma ilusão.

Friedrich Nietzsche, o filósofo da afirmação da vida.

Para ele, a meta do esforço humano não deveria ser a elevação de todos, mas o desenvolvimento de indivíduos mais dotados e mais fortes. A meta, segundo Nietzsche, seria o super homem e não a humanidade, que para ele era mera abstração, não existindo em realidade, sendo apenas um imenso formigueiro de indivíduos.