Quando Nietzsche contraiu sífilis?

Perguntado por: rbittencourt6 . Última atualização: 25 de setembro de 2023
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Aos 18 anos, perdeu a fé em Deus e passou por um período libertino, quando contraiu sífilis. Nietzsche tornou-se professor de filosofia e poesia gregas com apenas 24 anos, na Universidade de Basileia, em 1869.

Os historiadores e exegetas do filósofo entendem que esta fase de sua vida tornou-se penosa por uma conjunção de fatores adversos. Provavelmente numa aventura em um bordel, Nietzsche havia contraído sífilis, doença venérea então incurável e cujo estado final conduz à demência.

neurossífilis

Aos 44 anos, após sofrer um colapso em Turim, o filósofo Friedrich Nietzsche recebeu o diagnóstico médico de neurossífilis. Devido à ausência de autópsia em seu corpo, tal diagnóstico médico vem sendo questionado historicamente.

No dia 4 de janeiro de 1889 Nietzsche foi acometido de colapso mental em plena rua de Turim. A paralisia geral progressiva inicia “os anos da loucura” até à morte em 1900.

Nietzsche defendia a inexistência em vários sentidos: de Deus, da alma e do sentido da vida. Para ele, o ser humano deveria abandonar as muletas metafísicas, a chamada morte dos ídolos. O filósofo se opunha aos dogmas da sociedade, principalmente ao defender que a verdade era uma ilusão.

“É o caso mais antigo de sífilis encontrado no Homo sapiens em todo o mundo. Nós o identificamos em ossos e dentes de uma criança, de aproximadamente 4 anos de idade, que viveu na Lapa do Santo, região de Lagoa Santa, em Minas Gerais, há, no mínimo, 9,4 mil anos.

Em 1509, o jovem soldado alemão Ulrich von Hutten contraiu uma doença desconhecida quando estava na Itália. Ele sofreu com os sintomas por dez anos. O paciente descreveu assim sua condição: “(O tempo todo) havia furúnculos, parecidos em tamanho e aspecto com uma bolota.

Nesse sentido, a causa da loucura de Nietzsche permaneceu um mistério na história médica recente até recentemente. O diagnóstico que recebeu em sua época foi semelhante ao de muitos outros artistas que sofriam de sífilis: paralisia geral por lues, uma forma de neurossífilis.

Nietzsche deplora ao mesmo tempo a “glorificação” (Verheerlichung) do trabalho e sua qualificação como uma “benção” (Segen), tendo em vista certamente as transformações históricas da idéia de trabalho.

Em linhas gerais, a crítica de Nietzsche se dirige àquela concepção que compreende o sujeito como uma unidade autônoma, capaz de conhecer a si mesmo e o mundo ao seu redor e de tomar decisões e agir livremente nesse mundo.

neurossífilis? refere-se à infecção do sistema nervoso central (SNC) pelo Treponemapallidum, subespécie pallidum ou T. pallidum. A neurossífilis pode ocorrer a qualquer momento após a infecçãoinicial, mas, caracteristicamente, com aparecimento tardio.

Esse momento realiza, para Nietzsche, a mais completa recusa da concepção ascética da vida. A morte não é a autonegação da vontade de viver, como pensavam Schopenhauer e outros ascetas, para quem a existência era concebida e valorada como um erro, sendo a vida o que não deveria ser.

A neurossífilis é uma condição médica complexa e debilitante que afeta o sistema nervoso central, sendo uma manifestação um pouco mais tardia da infecção por sífilis, mas que pode ocorrer em estágios mais iniciais da doença.

Deus está morto

1. "Deus está morto". Essa é uma das frases mais famosas e polêmicas de Nitetzsche. O pensador, que vinha de uma família de pastores com forte ligação com o cristianismo, em determinado momento de sua vida rompe com a religião.