Como é o ritual de iniciação no candomblé?

Perguntado por: edias . Última atualização: 26 de setembro de 2023
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O ritual de iniciação no candomblé, denominado Feitura de Santo, é um ritual secreto, inacessível a não adeptos e, em alguns casos, somente permitido a indivíduos situados em escalas mais altas da hierarquia religiosa da casa - ou seja, em funções sacerdotais auxiliares à do iniciador; somente pessoas que possuem ...

Esta etapa é precedida por oferendas de comidas e objetos específicos, relacionados ao orixá do Abiã; marcando o início do período de reclusão iniciática. Este período, dura em torno de 21 dias e o iniciado deve permanece afastado do mundo profano – fato que significa uma morte simbólica.

Para que um abiã possa receber o seu orixá é preciso que, primeiramente, realize o processo denominado iniciação. Esse é considerado um rito de passagem, cuja finalidade é estabelecer uma relação do sujeito com o seu orixá, com o orixá do Babalorixá ou da Yalorixá da casa e com o terreiro (Machado, 2012).

Segundo Toloji, responsável por um terreiro de candomblé que existe há 50 anos em Campinas, qualquer pessoa que frequente o terreiro pode passar pelo ritual de iniciação, sendo que, no caso de criança, ela precisa estar acompanhada de um dos responsáveis.

Na feitura de Yawô, como envolvem diversos fundamentos, além das roupas e ferramentas dos Orixás, o custo fica maior, cujo mínimo seria de R$ 5.000,00 a R$ 8.000,00.

Normalmente, o ritual de iniciação envolve a condução do novato por um veterano do grupo, e costuma consistir na exposição de novos conhecimentos - inclusive segredos. Entre os objetivos de alguns tipos de iniciação, destacam-se o aprendizado de valores fundamentais para a vida no nível seguinte (adulto).

Os rituais de iniciação, por exemplo, consistem em fazer com que neófitos [iniciantes] sejam separados do convívio social e, assim, se submetam a um estado de liminaridade no qual a fronteira do mundo social, humano, parece borrar-se.

A assessoria de comunicação da influencer explica à Marie Claire que, dentro do candomblé, raspar a cabeça é uma grande prova do seu amor e devoção ao espírito, é o desprendimento da vaidade, em nome da fé.

Para incorporar é preciso passar primeiro por um processo de aprendizagem, onde os(as) médiuns aprendem a sentir a energia dos guias e se conectar a eles durante as chamadas “giras de desenvolvimento”, que são restritas às pessoas que trabalham no terreiro.

Definida a data e chegado o momento de iniciar-se, começam os rituais, que variam de pessoa para pessoa. A iniciação tem por início o recolhimento, que é a reclusão dentro do terreiro, que varia de 16 a 21 dias, longe da vida profana, devendo concentrar-se na iniciação, no orixá e nos aprendizados.

Não deixar passar a mão na cabeça. Não deixar os sapatos emborcados. Não dormir de barriga pra cima. Não usar roupas rasgadas ou remendadas.