Quem tem mais chance de ter autismo menino ou menina?

Perguntado por: vbarreto . Última atualização: 26 de setembro de 2023
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Já sabemos que o autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta pessoas de todas as raças e gêneros. Porém, as estimativas apontam para uma maior incidência de casos em meninos do que meninas.

A proporção aceita oficialmente, hoje, é de quase quatro meninos autistas para cada menina autista, segundo o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano).

Agora, pela primeira vez, também mostramos que esses hormônios esteróides estão elevados em crianças clinicamente diagnosticadas com autismo. Como alguns desses hormônios são produzidos em quantidades muito maiores em homens do que em mulheres, isso pode nos ajudar a explicar por que o autismo é mais comum em homens.”

Quanto a sua frequência, possui uma predileção a meninos, com frequência de quatro meninos para uma menina. O desenvolvimento de uma criança está intimamente ligado ao cromossomo X. Lembrando sobre o cariótipo, o menino possui um cromossomo X e um Y enquanto a menina apresenta-se com dois cromossomos X.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Mind em 2011, foi constatado que irmãos mais novos de pessoas autistas têm 7 vezes mais probabilidade de também nascerem com o transtorno.

Isso significa que o autismo da criança não se desenvolve todas às vezes por causa de genes passados pelo pai ou pela mãe. Ainda sobre esse assunto, em 2019 o período JAMA Psychiatry trouxe as seguintes confirmações: De 97% a 99% dos casos de autismo são causados pela genética; Destes, 81% eram hereditários e.

Segundo dados do CDC (Centros para Controle e Prevenção de Doenças norte-americana), existe 1 menina para cada 4 meninos no espectro. Essa mesma pesquisa mostra que os diagnósticos de autismo continuam crescendo, já que no ano de 2020, nos EUA, a prevalência é de 1 autista para cada 54 crianças de 8 anos.

Segundo a pesquisa, publicada periódico cientifico Molecular Psychiatry, a idade avançada do pai, da mãe ou de ambos aumenta o risco de autismo. Os resultados mostraram que quando os pais têm mais de 50 anos, o risco de autismo da criança é 66% maior em relação aos filhos de pais com 20 anos.

Estudos recentes descobriram que os pais de autistas têm uma quantidade maior de mudanças epigenéticas em seus espermatozoides em comparação com os pais de filhos típicos. Isso sugere que o epigenoma do espermatozoide pode desempenhar um papel na transmissão do risco genético para o autismo.

Além disso, sugere que 18% a 20% dos casos têm causa genética somática, ou seja, não hereditária. Enquanto cerca de 3% dos casos se apresentam com causas ambientais, como também pela exposição às drogas, infecções, estresse, desequilíbrios metabólicos e traumas durante a gestação.

Características essas que levam a outros diagnósticos como: transtorno de personalidade boderline, depressão, baixa autoestima, bipolaridade, ansiedade, suicídio e déficit de atenção. E tudo isso pode potencializar algumas dificuldades do Autismo.

Evidências científicas apontam que não há uma causa única, mas sim a interação de fatores genéticos e ambientais. A interação entre esses fatores parecem estar relacionadas ao TEA, porém é importante ressaltar que “risco aumentado” não é o mesmo que causa fatores de risco ambientais.

O que fazer para evitar? INCLUA: Suplementação adequada de ácido fólico (pelo menos 3 meses antes de engravidar), durante TODA gestação. Atividade física pois tem efeito anti-inflamatório.

Uma pesquisa da USP cruzou dados de pacientes e mostrou que a exposição da gestante a fatores ambientais e psicossociais (como estresse, exposição a produtos químicos e perda de um ente querido, por exemplo) pode aumentar a possibilidade do desenvolvimento do autismo nos filhos.

O componente genético para o especto autista sempre está presente, no entanto, a prevenção para novos nascidos é possível apenas quando este fator genético é o único responsável pelo disturbio e pode ser detectado por um teste de diagnóstico.