Quem tem hemofilia pode doar sangue?

Perguntado por: opacheco . Última atualização: 17 de julho de 2023
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58 – Pais de pacientes portadores de Talassemia e Hemofilia podem doar sangue? Sim, desde que não sejam anêmicos. Ambas são doenças hereditárias (herdadas dos pais para filhos) envolvendo o sangue (anemia e distúrbio da coagulação, respectivamente).

Doenças que impedem a doação: doenças hematológicas, cardíacas, renais, pulmonares, hepáticas, autoimunes, diabetes, hipertireoidismo, hanseníase, tuberculose, câncer, sangramentos anormais, convulsões, ou portadores de doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue como Doença de Chagas, Hepatite, AIDS, Sífilis.

A lei brasileira que rege a hemoterapia, a portaria 1353 de 2011, do Ministério da Saúde, mudou esse critério e, agora, quem teve convulsões ou epilepsia no passado pode doar desde que seja, pelo menos, três (3) anos após a suspensão do tratamento e sem relato de crise convulsiva no período.

Hemofilia: pacientes com doença rara podem ter uma vida normal.

Por que não se pode doar sangue estando com anemia ou após tratamento recente? Porque o organismo necessita restabelecer suas reservas de minerais e vitaminas para poder responder adequadamente à doação de sangue e refazer o sangue doado. A doação precoce pode prejudicar o doador, causando o retorno da anemia.

Imunohematológicos: tipagem ABO, tipagem RhD e pesquisa de anticorpos antieritrocitários irregulares; Pesquisa de Hemoglobina S; Sorológicos: Sífilis, doença de Chagas, hepatite B, hepatite C, HIV, HTLV I/II.

Anticonvulsivante (ex: Gardenal, Hidantal, Tagretol, Depakene, carbamazebina, valproato, etc.): impede a doação enquanto estiver em uso. Aguarde sete dias após o fim do tratamento. Atenção! Pessoas com histórico de convulsões só podem doar sangue após três anos sem crises e sem medicamentos.

Assim as pessoas com epilepsia poderão conduzir veículos automotores desde que cumpram as normas determinadas pelo DETRAN na resolução no 425 de 27 de novembro de 2012 que dispões sobre aptidão física, mental e psicológica daqueles que pleiteiam a Carteira Nacional de Habilitação, CNH.

Os exames laboratoriais de sangue devem ser seguidos pelo EEG (eletroencefalograma), que é um exame eletrofisiológico. Portanto, o EEG vai analisar a função elétrica cortical cerebral e poderá detectar e localizar a área com atividade anormal capaz de provocar as crises convulsivas.

“O maior problema é que os sangramentos reduzem a qualidade de vida, levam a sequelas e dores permanentes, já que há dificuldades na coagulação. O sangramento destrói a cartilagem e o osso e pode levar à deficiência física permanente desde a mais tenra idade”, explica Tânia.

Uma mulher hemofílica pode engravidar, porém antes disso é importante conversar com o obstetra e com o hematologista. É muito importante avaliar os riscos da gestação, do parto bem como da possibilidade de a doença ser transmitida para a criança – que nesses casos pode chegar a 50%.

Dentre os tipos de hemofilia, não existe um mais grave que o outro, pois as duas apresentam riscos semelhantes. A gravidade do quadro clínico depende não do tipo, mas da quantidade de fator - seja VIII (hemofilia A) ou IX (hemofilia B) - circulando pelo plasma.

Anemias carenciais (por deficiência alimentar ou perda excessiva de ferro) impedem a doação por um prazo de seis meses após a normalização dos exames e término do tratamento.

É com a pequena gota de sangue que colhemos que determinamos a hemoglobina do dador. A hemoglobina é a substância que está dentro dos glóbulos vermelhos e que é capaz de transportar o oxigénio. Com a picadela podemos saber se o dador tem uma anemia ou se fica com uma anemia depois de dar os tais 450ml de sangue.