Quem tem fobia social e depressão?

Perguntado por: ugarcia . Última atualização: 25 de setembro de 2023
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Os pacientes deprimidos podem restringir suas atividades sociais por causa da perda de interesse, prazer, disposição ou devido aos sintomas ansiosos ou fóbicos. Em geral, os estudos apontam que o transtorno de ansiedade social precede a depressão, sendo um importante fator de risco.

A depressão é uma complicação freqüente da fobia social, com conseqüências para o diagnóstico, o tratamento e o prognóstico. Precisa-se investigar sistematicamente a presença desse transtorno de ansiedade em pacientes que apresentam quadro depressivo.

Sintomas comportamentais da fobia social:
Medo de interagir com pessoas desconhecidas, autoridades ou de destaque. Medo de demonstrar nervosismo e ansiedade. Medo de demonstrar sintomas físicos (como rubor e voz trêmula) Receio em passar por constrangimentos.

Os medicamentos antidepressivos e ansiolíticos são os mais empregados no tratamento da fobia social. Dentre eles, os antidepressivos do tipo inibidores de recaptação de serotonina (ISRS) apresentam bons resultados no quadro. Isso porque aumentam a disponibilidade de serotonina no cérebro.

Algumas dessas causas incluem fatores hereditários, alterações na estrutura cerebral, influência do meio onde vivem, traumas ou experiências negativas, exposição frequente a fatores de risco na infância, temperamento e até mesmo a persistência de novas situações que demandem interação social.

A preocupação por antecipação e o medo excessivos são sinais de fobia social grave. Costumam manifestar-se como uma ansiedade ou expectativa extrema, que faz com que se antecipe em várias horas (ou dias) absolutamente tudo o que pode acontecer, por exemplo, no caminho de casa até a escola ou o trabalho.

Já quem sofre com fobia social, sente pavor e ansiedade apenas de pensar na possibilidade de ser exposto ou até mesmo de pensar que irá para algum lugar com pessoas desconhecidas.

A paroxetina é o medicamento mais estudado com metodologia duplo-cega, com melhores resultados e com boa tolerância. Atualmente, os indivíduos que têm sua vida prejudicada pela fobia social podem, com o tratamento eficaz, adquirir uma postura mais segura em situações sociais.

Para algumas pessoas, a ansiedade pode aumentar se um relacionamento torna-se um pouco mais íntimo. Além disto, a ansiedade social pode interferir em relacionamentos existentes, particularmente quando o parceiro da pessoa gosta de eventos sociais.

A ansiedade social é um transtorno crônico, que geralmente dura 6 meses ou mais. Existem muitos estudos investigando possíveis causas da ansiedade social. Já foi observado que os fatores ambientais têm um importante papel nesse tipo de transtorno, aliado ao fator genético.

O profissional que desenvolve quadros mais graves de Fobia Social, acaba por viver à margem do trabalho formal, por manter sua interação social limitada. Reverter esse quadro é possível com a Terapia Cognitivo-Comportamental, o que se pretende apontar no presente trabalho.