Quem era o cangaceiro mais cruel do bando de Lampião?

Perguntado por: mconceicao . Última atualização: 17 de julho de 2023
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Um soldado de Lampião no banco dos réus da história. De todas as crueldades atribuídas ao cangaceiro José Leite de Santana, vulgo Jararaca, a mais famosa consistia em arremessar crianças para o alto e apará-las com a ponta do punhal.

Zé Baiano

Conhecido como o Pantera Negra dos Sertões, Zé Baiano foi um dos cangaceiros mais cruéis que já pisaram em terras nordestinas. Integrante do grupo de Lampião, Zé Baiano ficou no comando do povoado de Alagadiço, onde Lampião já havia aterrorizado os moradores em três ocasiões.

Lampião do Piauí
A imprensa o chamava de cangaceiro com o objetivo de reiterar que Zezé era um homem violento, sanguinário e cruel.

José Saturnino foi um ser humano com virtudes e defeitos como qualquer pessoa normal. Um homem honrado, um cidadão de bem, honesto e respeitado que teve a desventura de ter sido o primeiro inimigo de Virgolino Ferreira da Silva, O Lampião.”

O objetivo macabro das forças policiais era mostrar à população que haviam acabado com a vida de um mito do sertão nordestino. O fato de Lampião ter ferido seu olho direito anos antes e perdido a visão era a prova de que uma das cabeças expostas, solitária ao lado dos chapéus, era mesmo de Virgulino Ferreira.

“Quem também corta a cabeça de Lampião é o Sandes. Ele encontra o corpo com as vísceras de fora. A bala triscou o punhal da cintura e rasgou o abdômen de Lampião. Com base no relato do Sandes fui atrás de um perito que analisou o punhal de Lampião e pudemos comprovar as informações”.

Na versão oficial, consta que, em 28 de julho de 1938, em meio a Grota de Angico, em Sergipe, Lampião morreu de um tiro disparado por um dos guarda-costas de Francisco Ferreira, o oficial Antonio Honorato da Silva.

Promoveu saques, assassinatos, torturas e estupros como forma de vingar as injustiças que sua família sofrera na mão das oligarquias. Mesmo assim, Lampião ganhou a simpatia de algumas comunidades locais, que o tratavam como herói e justiceiro, e ofereciam abrigo ao bando.

Em 28 de julho de 1938, o bando de Lampião foi cercado na Fazenda Angico, no sertão de Sergipe. Uma tropa de 48 policiais de Alagoas, comandada pelo tenente João Bezerra e munida com quatro metralhadoras Hotkiss, metralhou os 34 cangaceiros presentes.

Cristino Gomes da Silva Cleto, mais conhecido como Corisco (Água Branca, 10 de agosto de 1907 - Barra do Mendes, 25 de maio de 1940) foi um cangaceiro do bando de Lampião. Também era conhecido como "Diabo Louro".

José Saturnino da Costa Pereira foi um dos mais notáveis polímatas brasileiros do século XIX. Nasceu na Colônia do Sacramento em 1773. Estudou matemática na Universidade de Coimbra. Atuou como engenheiro do Real Corpo no posto de tenente-coronel.

A partir de 1915, a tranquilidade que a família de Lampião vivia começou a ser abalada. Isso porque José Alves de Barro, conhecido como Zé Saturnino, começou a ascender politicamente na região em que a família Ferreira morava.

Dados históricos apontam que o primeiro homem a agir como um cangaceiro foi José Gomes, conhecido como Cabeleira, nascido em Glória do Goitá, cidade pernambucana, em 1751. Entretanto, foi com Lampião, Antonio Silvino e Corisco, no século XIX, que o cangaço ganhou destaque.