Quantas pessoas trans estão na prostituição?

Perguntado por: bcastro . Última atualização: 19 de julho de 2023
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Estima-se que 90% da população trans no Brasil tem a prostituição como fonte de renda e única possibilidade de subsistência.

Cerca de 1,9% da população adulta brasileira, ou aproximadamente 4 milhões de pessoas, são transgênero e não binárias, segundo levantamento feito pela Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (FMB/Unesp).

Em 2020, o Ipea realizou nova estimativa e publicou os dados na Nota Técnica Nº 73, onde está indicado que em setembro de 2012 existiam 92.515 pessoas em situação de rua e esse número aumentou para 221.869 em março de 2020, representando um aumento de 140% de pessoas em situação de rua nesse período.

Segundo um estudo feito pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), somente 16,7% das pessoas transgênero se encontram no mercado de trabalho atualmente.

O dossiê indica que as travestis e transexuais femininas constituem um grupo de alta vulnerabilidade à morte violenta e prematura no Brasil, com uma expectativa de vida de 35 anos, enquanto a da população em geral é de 74,9 anos.

131 pessoas trans foram assassinadas em 2022 no Brasil, aponta dossiê Levantamento realizado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) revela que, em 2022, 131 pessoas trans foram assassinadas no Brasil.

Outro estudo —publicado na semana passada pelo GGB— mostra que 242 pessoas LGBTI+ foram assassinadas no Brasil em 2022, além de 14 pessoas mortas por suicídio. A média é de uma morte a cada 34 horas. Desse total, segundo o GGB, 111 foram de pessoas trans (110 de mulheres trans e travestis e um de homem trans).

São Paulo (SP):

São Paulo (SP): o centro da diversidade
A cidade é uma das mais populosas do mundo, isso faz com que ela tenha, em essência, bastante diversidade.

Mulheres trans e travestis
Os testículos são removidos e a pele do saco escrotal é preservada. Durante a construção da "neovagina", é aberto um espaço de até 15 cm e utiliza-se a pele preservada do pênis e do saco escrotal para revestir a região. O restante da pele é utilizada para formar os lábios vaginais.

Em 2019 ocorreu a última alteração do RG atual e permitiu a inclusão do nome social para pessoas trans e travestis. Apenas primeiros nomes ou nomes compostos são alterados, com os sobrenomes sendo mantidos. Mas, diferentemente da CIN, o nome de registro permanece no documento, só que no verso.

Expectativa de vida de pessoas trans é de 35 anos. O Brasil segue liderando o ranking de países com mais mortes de pessoas trans e travestis no mundo, aponta o dossiê Assassinatos e Violências contra Travestis e Transexuais Brasileiras. É o 14º ano consecutivo em que o país está no topo da lista.

Entre trabalhadores trans, 41% querem mudar de vaga e uma em cada quatro pessoas trans está desempregada, maior índice das comunidades da sigla: lésbicas, gays, bissexuais, queers, intersexuais e assexuais.

A cirurgia de redesignação sexual consiste em remodelar os órgãos sexuais de pessoas transgênero. Isso significa que, para homens trans, esse procedimento consiste na reconstrução do pênis no lugar da vagina. No caso das mulheres trans, acontece a amputação do pênis e construção da vagina.