Qual o papel da razão na ética?

Perguntado por: ecurado2 . Última atualização: 25 de setembro de 2023
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Aí está o papel da razão. A razão abstrai, ou seja, classifica, separa e organiza os objetos segundo critérios. Observando os insetos, percebo que eles são muito diferentes uns dos outros, mas será que existe algo que todos tenham em comum que me permita classificar uma barata, um besouro ou um gafanhoto como insetos?

A filosofia vê a razão como a consciência moral que orienta as vontades e oferece finalidades éticas para a ação. Para muitos filósofos, a razão é a capacidade moral e intelectual dos seres humanos e também a propriedade ou qualidade primordial das próprias coisas.

Razão é a capacidade da mente humana que permite chegar a conclusões a partir de suposições ou premissas. É, entre outros, um dos meios pelo qual os seres racionais propõem razões ou explicações para causa e efeito. A razão é particularmente associada à natureza humana, ao que é único e definidor do ser humano.

A filosofia emite juízos de valor ao julgar cada fato, cada ação em relação ao todo. A filosofia vai além daquilo que é, para propor como poderia ser. E, portanto, indispensável para a vida de todos nós, que desejamos ser seres humanos completos, cidadãos livres e responsáveis por nossas escolhas.

Visto ser a razão a essência característica do homem, realiza ele a sua natureza vivendo racionalmente e sendo disto consciente. E assim consegue ele a felicidade e a virtude, que é precisamente uma atividade conforme à razão, isto é, uma atividade que pressupõe o conhecimento racional.

Razão é dada pelo quociente entre dois números, ou seja, a divisão entre dois números, na qual devemos sempre respeitar a ordem de cada um.

Agir com a razão é pensar no amanhã, nas conseqüências de uma decisão. A razão nos coloca um freio e diz: “É melhor arriscar com cautela e medir as conseqüências dos seus atos”.

Em Kant, a razão (faculdade das idéias) é que preserva os princípios que articulam intenção e dever conforme a autonomia do sujeito. Desse modo segue-se que tais princípios não podem ser negados sem autocontradição.

Para Kant, a Razão não constitui objetos, mas tem uma função reguladora das ações humanas. As principais ideias listadas por Kant são as de Deus, de Alma e de Mundo como totalidade metafísica, isto é, como um todo.

Significa que, sendo princípio de sua ação, o homem não é no entanto princípio do bem que a ação deve realizar. A responsabilidade moral fica dessa maneira vinculada tanto ao discernimento individual quanto à universalidade da razão.

René Descartes

São considerados filósofos racionalistas Descartes, Spinoza e Leibniz. René Descartes, filósofo e matemático francês, é considerado o primeiro grande racionalista.

Nós temos de compreendê-lo com a razão, porque a razão não pode encontrar interesse em nenhum objetivo finito específico, mas somente para o propósito absoluto. Esse objetivo é o conteúdo que testemunha a si mesmo: tudo o que pode manter o interesse do homem encontra nele fundamento.

Para Aristóteles, a razão é um elemento fundamental do conhecimento humano; entretanto, os dados manipulados pela razão são fornecidos pelos sentidos, ou seja, pela experiência sensorial. Para Aristóteles, o único mundo que existe é aquele no qual nós vivemos.

A ética é um saber prático e pressupõe três elementos fundamentais da filosofia aristotélica: o uso correto da razão, a boa conduta (eupraxia) e a felicidade (eudaimonia).