Qual o maior exemplo de segregação socioespacial?

Perguntado por: anovaes . Última atualização: 19 de julho de 2023
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Um dos maiores exemplos de desigualdade socioespacial é a relação entre Morumbi e Paraisópolis. Ambos os bairros abrigam diferentes segmentos sociais, classes A, B, C, D e E, respectivamente. Na favela, há mil habitantes por hectare e no Morumbi, 30 habitantes por hectare.

Um dos maiores exemplos de segregação racial foi o Apartheid, que ocorreu na África do Sul, onde os negros eram discriminados, com base em leis que não permitiam que frequentassem os mesmos ambientes que os brancos.

Segregação socioespacial ou segregação urbana é um processo caracterizado pela diferença socioeconômica das populações que é expresso pela questão habitacional. Ela ocorre, por exemplo, por meio da formação de comunidades irregulares em áreas próximo aos condomínios de luxo.

A segregação socioespacial é um problema presente no Brasil e esse, decorre das relações capitalistas, visto que o desenvolvimento econômico, bem como os avanços políticos e sociais ocorreram de forma desigual entre as regiões brasileiras, o que propiciou o surgimento das desigualdades nos mais diversos contextos.

As desigualdades socioespaciais são aparentes na paisagem urbana brasileira. Por um lado, há uma disseminação de condomínios residenciais de luxo; enquanto, do outro, existe um crescimento de bairros pobres, com moradias em favelas ou loteamentos clandestinos de pouca ou nenhuma infraestrutura.

Morumbi e Paraisópolis, em São Paulo
Um dos maiores exemplos de desigualdade socioespacial é a relação entre Morumbi e Paraisópolis. Ambos os bairros abrigam diferentes segmentos sociais, classes A, B, C, D e E, respectivamente. Na favela, há mil habitantes por hectare e no Morumbi, 30 habitantes por hectare.

Se você pegar um trem da estação Júlio Prestes até a Consolação, por exemplo, verá uma divisão social conforme a renda da população. Essa segregação espacial ocorre em diferentes países ao redor do mundo, afetando classes sociais distintas.

Famílias de diferentes grupos de renda podem até viver próximas, mas estão bem delimitadas pela segregação espacial, uma evidência das desigualdades que pode ser vista, pois tem endereço e deixa marcas nas cidades.

Existem dois tipos de segregação socioespacial. A 1ª é a segregação involuntária, que ocorre de forma não planejada. Sendo assim, ela é resultado das condições sociais e econômicas. O outro tipo é a segregação voluntária, também conhecida como autossegregação.

2. São exemplos de espaços de segregação involuntária urbana, exceto: (A) As favelas.

A segregação socioespacial é um processo que fragmenta as classes sociais em espaços distintos da cidade. Nesse sentido, o cotidiano das pessoas que habitam esses lugares é marcado pela insegurança, violência, moradias precárias, falta de infraestrutura e acesso aos serviços básicos e ao lazer.

Uma das principais causas da segregação socioespacial é a desigualdade de renda. Quando uma parcela significativa da população tem uma renda muito baixa, ela se concentra em áreas mais afastadas do centro da cidade, onde os imóveis são mais baratos.

As causas da favelização envolvem aspectos econômicos e sociais. A desigualdade social é um dos principais motores do processo de favelização. A ausência de políticas públicas de acesso à moradia é um elemento que caracteriza o crescimento das favelas em diversos espaços geográficos.

Desigualdade econômica: desigualdade entre a distribuição de renda. Desigualdade racial: desigualdade de oportunidades para as diferentes raças: negro, branco, amarelo, pardo. Desigualdade regional: disparidades entre regiões, cidades e estados.

A segregação vai estar ligada, portanto, ao uso e ao preço do solo urbano, fazendo com que a população de camadas sociais mais baixas more em lugares longínquos do centro. Assim, existe a dificuldade de acesso aos bens e serviços do espaço urbano.

A segregação urbana dificulta a ascensão social das classes marginalizadas, uma vez que se gasta mais tempo no transporte público, que é precário, e há dificuldade de acesso a serviços de educação, saúde e lazer.