Qual foi a primeira canção escrita para o bloco de Carnaval?

Perguntado por: ngomes . Última atualização: 25 de setembro de 2023
4.5 / 5 2 votos

"Ó Abre Alas" é uma marcha-rancho carnavalesca composta em 1899 pela musicista brasileira Chiquinha Gonzaga. A compositora Chiquinha Gonzaga, aos 18 anos de idade. Foi a primeira marchinha de carnaval da história.

Composta por Chiquinha Gonzaga para o cordão Rosa de Ouro em 1899, Ó, abre alas! é considerada a primeira marchinha carnavalesca na história do Brasil.

Abre Alas
Essa foi a primeira marchinha de Carnaval registrada na história do carnaval brasileiro, em 1899. Chiquinha Gonzaga, autora da obra, fez a canção para a escola Rosas de Ouro do Rio de Janeiro, o que impulsionou o sucesso da escola e também se tornou a canção mais famosa da compositora.

Então, vamos lá? A primeira marcha feita especialmente para carnaval foi “Ó Abre Alas”, uma marcha-rancho de Chiquinha Gonzaga, encomendada pelos foliões do Cordão Rosa de Ouro, em 1899.

Chiquinha Gonzaga

Os primeiros registros de blocos licenciados pela polícia no Rio de Janeiro, data de 1889, Grupo Carnavalesco São Cristóvão, Bumba meu Boi, Estrela da Mocidade, Corações de Ouro, Recreio dos Inocentes, Um Grupo de Máscaras, Novo Clube Terpsícoro, Guarani, Piratas do Amor, Bondengó, Zé Pereira, Lanceiros, Guaranis da ...

O primeiro bloco organizado brasileiro foi o Congresso de Sumidades Carnavalescas, fundado pelo escritor José de Alencar em 1855.

O Carnaval foi trazido para o Brasil pelos colonizadores portugueses. Os historiadores afirmam que a festividade estabeleceu-se no país entre os séculos XVI e XVII e teve como primeira prática o entrudo. Essa brincadeira fixou-se primeiramente no Rio de Janeiro e era realizada dias antes do início da Quaresma.

Na lista dos grandes compositores das marchinhas de carnaval, estão mestres do porte de Lamartine Babo, Braguinha, Ary Barroso, Noel Rosa e João Roberto Kelly. O último deles ainda está vivo, lúcido e forte para contar detalhes hilariantes desse passado de ouro da música brasileira.

Na casa da mãe de santo baiana Hilária Batista de Almeida, também conhecida como Tia Ciata, foi criada a música de “Pelo telefone”, o primeiro samba brasileiro gravado.

As marchinhas clássicas, o samba-enredo e o frevo, por exemplo, são os ritmos regionais, mais antigos. Estes não podem faltar no carnaval tradicional, pois carregam um valor histórico-cultural muito forte.

As marchinhas de Carnaval tiveram seu auge entre as décadas de 1920 e 1960, mas ainda são um elemento característico dessa festa no Brasil. As marchinhas fazem parte da história do Carnaval brasileiro. Ouça o texto abaixo em aúdio!

Na Babilônia, duas festas possivelmente originaram o que conhecemos como Carnaval. As Sacéias eram uma celebração em que um prisioneiro assumia, durante alguns dias, a figura do rei, vestindo-se como ele, alimentando-se da mesma forma e dormindo com suas esposas.

As marchinhas acabaram sendo substituídas por outros gêneros como o samba-enredo, e se conseguiu mantê-las apenas como arte saudosista, algo que representa uma época do desenvolvimento do carnaval brasileiro.

Dizem que em um desses blocos havia um rapaz afeminado que se destacava por tocar lira (instrumento de cordas dedilháveis ou tocadas com plectro, de larga difusão na Antiguidade). Daí sempre que ele aparecia as pessoas gritavam: "la vem ele com a lira" e nisso foi diminuindo a frase "com a lira" até chegar a "qualira".