Qual é a diferença entre laqueadura e ligadura?

Perguntado por: obotelho . Última atualização: 9 de agosto de 2023
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A ligadura das trompas é uma operação realizada como forma de esterilização feminina definitiva. A cirurgia leva vários nomes — ligadura tubária, laqueadura ou ainda Contracepção Voluntária Cirúrgica Definitiva (CCVD).

Também conhecida como ligadura tubária ou de trompas, a laqueadura é um procedimento voluntário de esterilização definitiva da mulher. Trata-se de uma cirurgia simples, realizada por ginecologistas, que promove a obstrução das tubas uterinas, impedindo o processo de fecundação.

Ela é um procedimento cirúrgico simples, que pode ser feito pela via abdominal, vaginal e laparoscópica.

É possível engravidar depois de fazer a laqueadura? Apesar de pequenas, as chances de uma gravidez acontecer mesmo após a ligadura das trompas existem. A taxa de reversão espontânea da laqueadura é de 0,5% a 1% – aqui no Brasil, estima-se que de uma a cada duzentas mulheres laqueadas acabem engravidando.

Apresenta elevada eficácia através do bloqueio das trompas, situação que impede o encontro do espermatozoide do homem com o óvulo da mulher. Após a realização da laqueadura tubária as mulheres continuam menstruando normalmente.

Dez anos após o procedimento, a taxa é de 1,8 para 100 mulheres. A eficácia depende, em parte, de como as trompas foram bloqueadas, mas a taxa de gravidez é sempre baixa. A recanalização espontânea das trompas pode ocorrer independentemente de erro médico ou da técnica escolhida”.

A histerossalpingografia (HSG) é a ferramenta diagnóstica mais utilizada na pesquisa das obstruções das trompas e aderências na pelve que podem bloquear parcial ou totalmente as regiões peritubáricas, que são contribuintes comuns para a dificuldade de engravidar.

Para a esterilização definitiva em mulheres, a laqueadura tubária é uma opção. A cirurgia é indicada para mulheres com mais de 25 anos ou que tenham pelo menos dois filhos vivos e pode ser recomendada nos casos em que uma gravidez coloca a mulher em risco. O procedimento tem boa eficácia.

A laqueadura tubária apresenta uma porcentagem de falha de 0,41%, considerada baixíssima e que independe do paciente ou do médico, segundo a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). A vasectomia é uma cirurgia simples, que leva de 15 a 20 minutos e não há necessidade de internação.

A laqueadura convencional, entretanto, não é recomendada por ser uma cirurgia. A melhor opção é um movo método de laqueadura, chamado Essure.

Há uma pequena chance de a mulher engravidar espontaneamente após uma laqueadura, mas é apenas cerca de 0,5% a 1% ao longo de um período de 10 anos. No entanto, no Brasil, 1 em cada 200 mulheres que tiveram as tubas bloqueadas engravidam novamente.

Cuidados após a laqueadura

  • Evitar contato íntimo;
  • Não realizar atividades físicas ou tarefas pesadas por alguns dias;
  • Permanecer em repouso durante o tempo recomendado pelo médico;
  • Ter uma dieta balanceada;
  • Fazer caminhadas leves para melhorar a circulação sanguínea e acelerar a recuperação.

É mais fácil restaurar as trompas quando elas não foram extraídas e quando a amarração, o corte ou a cauterização da tuba para impedir o óvulo de chegar ao útero é feito no meio. No caso de a interrupção ser na parte terminal, a reparação torna-se praticamente impossível.

A reversão de laqueadura pode ser realizada através da cirurgia tradicional ou através de videolaparoscopia. Em condições ideais, as taxas de sucesso são de 70%. O tempo necessário para avaliar se houve sucesso ou não na reversão da laqueadura é de seis meses a um ano após o procedimento.

A ligadura das trompas não impede a ovulação nem interfere no ciclo hormonal feminino, não causando, portanto, nenhuma alteração no ciclo menstrual. Ela é exclusivamente um método contraceptivo, sem qualquer efeito protetor contra as doenças sexualmente transmissíveis.

Síndrome pós-laqueadura: algumas pacientes relatam aumento do fluxo menstrual e surgimento de cólicas abdominais mais fortes no período de menstruação após a realização da laqueadura tubária.