Qual a diferença de sepse e choque séptico?

Perguntado por: udias . Última atualização: 20 de julho de 2023
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A sepse é uma síndrome clínica de disfunção de órgãos com risco de vida, causada por uma resposta desregulada a infecções. No choque séptico há uma redução crítica da perfusão tecidual; pode ocorrer falência aguda de múltiplos órgãos, incluindo pulmões, rins e fígado.

Temperatura abaixo de 36 °C (hipotermia). Fraqueza extrema. Vômitos. Diminuição da quantidade de urina.

O choque séptico é um subconjunto da sepse e é definido como a evolução do quadro do paciente com SEPSE para uma hipotensão persistente que requer o uso de drogas vasoativas para manter uma pressão arterial média (PAM) acima de 65 mmHg e um lactato sérico acima de 2 mmoL/L a despeito de ressuscitação volêmica.

O choque séptico é um estado de falência circulatória aguda associada a foco infeccioso ou predomínio de componente endotóxico, constituindo-se em grande desafio médico devido à sua prevalência, morbimortalidade, e custo do tratamento.

"A sepse é causada por infecções graves, tanto as adquiridas na comunidade, particularmente as que envolvem pulmões, vias urinárias, abdome, pele e coração, quanto as contraídas no ambiente hospitalar.

Staphylococcus aureus: entenda o que é a bactéria que pode causar sepse, a infecção generalizada. Os estafilococos são comuns, mas quando afetam pessoas com baixa imunidade podem ser letais. Febre, mal-estar, dores no corpo, cansaço excessivo e vômitos são sinais de alerta.

Assim como o infarto do coração ou um acidente vascular encefálico, o timing de diagnóstico e tratamento da sepse é fundamental para saber como o paciente vai se recuperar. Ou seja, se você faz o diagnóstico rapidamente e o paciente é tratado no intervalo de poucos minutos ou horas, ele tem mais chance de sobreviver.

O que é choque séptico? Choque séptico é o resultado de uma infecção que se alastra pelo corpo, rapidamente, afetando vários órgãos e que pode levar à morte.

Uma das possíveis sequelas da sepse – também chamada de septicemia ou infecção generalizada – é bem conhecida de médicos e cientistas: o sistema imunológico fica comprometido por até cinco anos depois que a pessoa teve a doença. As consequências são estatisticamente perceptíveis.

A antibioticoterapia de amplo espectro é a primeira intervenção propriamente dita trazida no primeiro pacote e deve ser feita o mais precoce possível, sendo indicada a realização até 1 hora a partir do diagnóstico.

A melhor forma de prevenir a Sepse é evitar as infecções que podem dar origem a essa doença. Medidas simples como respeitar o calendário de vacinação das crianças, utilizar instalações sanitárias limpas, ingerir somente água potável e realizar partos em condições de higiene adequadas podem ajudar a prevenir a Sepse.

Sepse tem cura? As 5 etapas da evolução da Sepse

  • 1 – Infecção. Tudo começa com a infecção causada seja por um micro-organismo. ...
  • 2 – Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS) É uma resposta clínica resultante de uma agressão ao organismo não especificada. ...
  • 3 – Sepse. ...
  • 4 – Sepse grave. ...
  • 5 – Choque séptico.

O diagnóstico da sepse é feito com base na identificação do foco infeccioso e na presença de sinais de mau funcionamento de órgãos. Não há exames específicos, mas há exames voltados para a identificação da presença de infecção, além de hemograma para a identificação do foco, radiografia de tórax e exames de urina.

É uma doença complexa e potencialmente grave que, quando não tratada rapidamente, pode levar ao choque séptico, onde há queda drástica da pressão arterial e aumento do lactato no sangue, podendo levar à falência múltipla de órgãos e inclusive à morte.

O paciente com sepse pode apresentar-se no departamento de emergência (DE) com sinais e sintomas relacionados à infecção. Como dor abdominal, disúria e tosse. E mais, febre, taquicardia, taquipnéia e alteração do estado mental.

O mais comum é o foco infeccioso inicial instalar-se nos seguintes órgãos: pulmões (ex: pneumonia), abdômen (ex: apendicite, peritonite, infecções biliares e hepáticas, que recebem o nome de sepse abdominal), rins e bexiga (ex: infecções urinárias e renais), na pele (ex: feridas, celulite, erisipela, aberturas para ...