Como é feito o diagnóstico da sepse?

Perguntado por: ajesus . Última atualização: 20 de julho de 2023
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No caso de exames clínicos para identificar a sepse, o médico avaliará se há presença de febre e calafrios, anormalidades de frequência cardíaca e respiratória, alterações de pressão arterial, além de verificar a possível existência de uma infecção.

O diagnóstico da sepse quase sempre é clínico e laboratorial. Muitas vezes, o foco da infecção inicial pode ser identificado com base no exame físico e na história de saúde da pessoa – é o caso, por exemplo, do indivíduo que está recebendo tratamento para pneumonia e, de repente, começa a apresentar febre novamente.

O diagnóstico da sepse é feito com base na identificação do foco infeccioso e na presença de sinais de mau funcionamento de órgãos. Não há exames específicos, mas há exames voltados para a identificação da presença de infecção, além de hemograma para a identificação do foco, radiografia de tórax e exames de urina.

No hemograma: leucócitos acima de 12,000 ou abaixo 4000 cel/mm3 (leia: HEMOGRAMA | Entenda os seus resultados).

Staphylococcus aureus: entenda o que é a bactéria que pode causar sepse, a infecção generalizada. Os estafilococos são comuns, mas quando afetam pessoas com baixa imunidade podem ser letais. Febre, mal-estar, dores no corpo, cansaço excessivo e vômitos são sinais de alerta.

Ao suspeitar de sepse, o enfermeiro deve abrir o protocolo e comunicar à equipe médica para avaliação imediata.

Um paciente com uma sepse inicial apresenta alterações em um hemograma como por exemplo uma leucocitose, neutrofilia e desvio a esquerda, já um o paciente em Unidade Intensiva de tratamento apresenta alterações diferenciadas como leucopenia, trombopenia e anemia, essas mudanças podem mudar a conduta clínica de cada ...

Sintomas de sepse
Os mais comuns são: febre alta ou hipotermia, calafrios, baixa produção de urina, respiração acelerada dificuldade para respirar, ritmo cardíaco acelerado, agitação e confusão mental. Outros sinais possíveis da síndrome são o aumento na contagem dos leucócitos e a queda no número de plaquetas.

Quais os tipos de infecção que podem evoluir para sepse? Qualquer tipo de infecção, leve ou grave, pode evoluir para sepse. As mais comuns são pneumonia, infecções abdominais e infecções urinárias.

Os critérios usados são: PA sistólica menor que 100 mmHg, frequência respiratória maior que 22/min e alteração do estado mental (GCS < 15).

Pacote de tratamento da primeira hora
O protocolo de sepse deve ser feito para todos os pacientes com suspeita de sepse ou choque séptico. Dessa forma, na presença de pelo menos uma das disfunções orgânicas citadas na tabela acima é preciso iniciar o pacote de tratamento em até uma hora.

Cefalotina 1g 6/6h ou Amoxacilina / Clavulanato: 500mg 8/8h ou Clindamicina.

Assim como o infarto do coração ou um acidente vascular encefálico, o timing de diagnóstico e tratamento da sepse é fundamental para saber como o paciente vai se recuperar. Ou seja, se você faz o diagnóstico rapidamente e o paciente é tratado no intervalo de poucos minutos ou horas, ele tem mais chance de sobreviver.

PACOTE SEPSE 1: Solicitar no iníco do atendimento Faz parte do pacote os seguintes exames: Hemograma Glicemia Ureia-Creatinina Gasometria arterial Lactato TGO-TGP, Bilirrubinas, Na, K, TAP-TTPA Hemoculturas: antes do início do tratamento com antimicrobianos.