Onde começou o preconceito linguístico?

Perguntado por: dbotelho . Última atualização: 21 de agosto de 2023
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Uma análise superficial do termo preconceito linguístico sugere que sua origem pode ter acontecido no uso da própria língua, ou seja, a partir da interação verbal entre um escritor/falante com um leitor/ouvinte.

O preconceito linguístico é geralmente causado pela ideia de que existe apenas uma única língua correta e isso colabora significativamente para a prática da exclusão social.

Para ela, o preconceito começa quando uma linguagem diferente causa estranheza, e esse estranhamento preconceituoso cria relações de poder entre as pessoas (mais poder para quem usa linguagem formal e menos poder para quem não usa).

Uma outra pesquisa do portal mostra que a região que mais sofre com o preconceito linguístico é o Nordeste, que também é caracterizado por xenofobia, e que pode ser observado nas televisões: é muito comum essas produções limitarem nordestinos a papéis de pessoas pobres, pessoas analfabetas e/ou grossos e com sotaque ...

“Como todo preconceito, o linguístico é a manifestação, de fato, de um preconceito social, porque o que está em jogo não é a língua que a pessoa fala, mas a própria pessoa como ser social”, afirma o linguista. “Rejeitar a língua é rejeitar a própria pessoa e a comunidade de que ela faz parte.”

A diversidade regional ao longo da História do Brasil ocasionou áreas mais ricas e industrializadas, e outras em retrocesso econômico. Em razão disso, existe a estigmatização das variantes faladas pelas pessoas das regiões mais empobrecidas, como a região Nordeste e a região Norte.

No que se refere às “causas” do preconceito, podemos classificá-las, didaticamente, em quatro grandes categorias: competição e conflitos econômicos e políticos; o papel do “bode expiatório” (também chamada de “deslocamento de agressividade”); fatores de personalidade; e causas sociais (aprendizagem, conformidade e ...

De acordo com a Lei 7.716 o preconceito linguístico denominado de discriminação e procedência nacional, são definidos como crimes. Conforme os artigos: Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

Esse estigma aos nordestinos é fruto de pensamentos xenófobos regionalizados gerados em parte pelo histórico da região NE e do perfil sócio/educacional das grandes massas de emigrantes, principalmente do passado.

No Brasil, o preconceito linguístico acontece em razão de determinados fatores, como tempo, espaço e classe social, manifestados por meio do fenômeno conhecido como variação linguística. A variação linguística se traduz nas diferentes formas de falar e se expressar em sociedade.

Segundo dados do G1, 30% dos brasileiros alegam ter sofrido preconceito linguístico por causa da classe social. Em suma, os indivíduos de classe social menos favorecida, geralmente sofrem discriminação pela sua maneira de falar, já que, não possuem acesso à uma educação escolar benéfica.

Causas do preconceito linguístico
Uma das principais causas é a crença de que a língua padrão é superior a outras variações linguísticas. Esse tipo de preconceito geralmente é decorrente de uma educação que valoriza apenas a língua padrão e desvaloriza as variações linguísticas presentes na sociedade.