O que fazer para desconstruir o preconceito linguístico?

Perguntado por: ogomes4 . Última atualização: 21 de agosto de 2023
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Para acabar com o preconceito linguístico, é preciso reavaliar a “noção de erro”. Há uma grande confusão entre língua escrita e falada, e muito dos “erros de português” são apenas erros de grafia.

O fim do preconceito linguístico depende de muitos fatores, especialmente da reconstrução social de alguns conceitos. Porém, dentro de sala de aula, existe uma alternativa para o ensino da norma culta, que é a adequação linguística.

Os caminhos para o combate ao preconceito linguístico no Brasil são com base em diálogos e através do ensino. Para acabar com o preconceito somente a via da educação e conscientização são eficazes. Infelizmente esse tipo de preconceito está enraizado em nossa sociedade e a mudança é gradual e leva tempo.

Preconceito linguístico é uma forma de discriminação social que consiste em julgar o indivíduo pela forma como ele se comunica, seja oralmente, seja por escrito. O parâmetro desse julgamento é a chamada norma culta: quanto mais distante dela, mais criticado (e rebaixado) é o falante.

É imprescindível tornar a reflexão sobre a língua uma prática diária. Assim, podemos aprender uns com os outros, partindo do entendimento que para conhecer e valorizar a norma culta não é necessário, e tampouco permitido, hierarquizar a importância de determinadas culturas. Você já deve ter pensado sobre a norma culta.

Resposta: O preconceito linguístico é a discriminação de determinados grupos sociais devido à maneira como falam, seja por sotaque, gramática ou vocabulário. Para combater esse tipo de preconceito, é importante promover a educação linguística e a valorização da diversidade cultural e linguística.

O preconceito linguístico resulta da comparação indevida entre o modelo idealizado de língua que se apresenta nas gramáticas normativas e nos dicionários e os modos de falar reais das pessoas que vivem na sociedade, modos de falar que são muitos e bem diferentes entre si.

Preconceito linguístico é a discriminação entre os falantes de um mesmo idioma. Ocorre quando há desrespeito pelas diferentes formas de expressão de uma língua, escrita ou falada, chamadas variações linguísticas. Variações linguísticas são os sotaques, regionalismos, dialetos, gírias e outras diferenças de fala.

Exclusão social: O preconceito linguístico pode levar a exclusão social de pessoas que falam uma variedade linguística diferente da norma culta. Isso pode acontecer em diversos contextos, como no trabalho, na escola, na mídia e na convivência social em geral.

Por isso, é preciso ter uma postura rigorosa e educativa para evitar e combater esse tipo de situação.

  • Apoie a diversidade. ...
  • Reflita sobre seus conceitos e estude formas de mudar. ...
  • Posicione-se e dissemine as informações. ...
  • Implemente políticas de prevenção e um canal de escuta.

Os indivíduos que sofrem com o preconceito linguístico muitas vezes adquirem problemas de sociabilidade ou mesmo distúrbios psicológicos. Os sotaques que se distinguem não somente nas cinco regiões do Brasil, mas também dentro de um próprio estado, são os principais alvo de discriminação.

Compreender que a língua é constituída por variações lingüísticas, e que estas devem ser respeitadas de acordo com as situações de produção; Superar a discriminação relacionada as diferentes formas de falar do povo brasileiro por meio de atividades de interação prazerosa.

A importância das variações reside no fato de que elas são elementos históricos, formadores de identidades e capazes de manter estruturas de poder.

A melhor atitude frente às variedades linguísticas é reconhecer que a língua é composta de variações que devem ser reconhecidas dependendo das circunstâncias de produção, superando a discriminação baseada nos vários estilos de falar de um povo por meio de atividades prazerosas de engajamento.