O que os moradores de Palmares faziam para sobreviver?

Perguntado por: ipaz5 . Última atualização: 17 de julho de 2023
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A sobrevivência era garantida através da agricultura de subsistência, mediante o cultivo de milho, batata doce, feijão, banana, etc. A pesca e a caça também faziam parte das atividades produtivas. Os quilombolas palmarinos também criavam animais de pequeno porte como galinha e porcos.

Os habitantes subsistiam da caça, pesca e coleta de frutas (manga, jaca, abacate e outras), bem como da agricultura (feijão, milho, mandioca, banana, laranja e cana-de-açúcar).

No começo, o quilombo dos Palmares (cujo nome vem das palmeiras que compunham a vegetação local) era formado por escravos de origem angolana, fugidos das fazendas de cana-de-açúcar da região. Mas, nos 100 anos de existência do lugar, índios e brancos marginalizados também se juntaram à população negra.

Zumbi dos Palmares crescia livre dentro do quilombo. Da escravidão só conhecia as terríveis histórias que os mais velhos lhe contavam, lembrando a morte nos porões dos navios e a escravidão nas senzalas. Casou-se com a guerreira negra Dandara e com ela teve três filhos.

Os quilombos eram comunidades formadas por africanos escravizados e seus descendentes. Essas comunidades eram formadas por escravos que fugiam da escravidão, sendo um local onde viviam em liberdade e resistiam à escravidão. Nos quilombos não viviam apenas africanos escravizados, mas também índios e brancos livres.

O funcionamento dos quilombos considerava a tradição dos escravos fugidos que neles habitavam. Nessas comunidades, se realizavam atividades diversas como agricultura, extrativismo, criação de animais, exploração de minério e atividades mercantis. Nesses locais, os negros tratavam de reviver suas tradições africanas.

As casas nos quilombos eram cobertas com folhas de palmeiras e erguidas com material tirado da própria natureza. Os portugueses fizeram de tudo para destruir Palmares. Fizeram um pacto de paz com Ganga-Zumba, rei de Palmares, mas era só fachada.

São mais de 2.400 comunidades reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares. Extrativismo, artesanato, produção cultural, turismo de base comunitária e a venda de produtos feitos a partir de matérias primas produzidas pela comunidade também contribuem para complementar a renda.

Palmares tem como principal atividade econômica a agroindústria açucareira e o comércio varejista expandido pela Feira da Sulanca da cidade. O polo médico especializado também é um destaque que atende a cidade e a região.

A comunidade vivia da caça, pesca, agricultura, e chegou a comercializar esses gêneros em troca de armas e munições. Desenvolveu recursos artesanais, incluindo a metalurgia conhecida na África. Palmares sempre foi considerado uma ameaça para os poderosos da capitania.

Zumbi dos Palmares não tinha escravos: o Anacronismo de Narloch.

Entre 1596 e 1716, os palmarinos resistiram a 66 expedições coloniais, tanto de portugueses como de holandeses. Foi a maior e mais longa expressão contestatória da escravidão em todo o mundo. De todos os líderes da resistência negra, dois se tornaram conhecidos: Ganga Zumba e Zumbi.

Nos antigos quilombos, de acordo com seus costumes, seus moradores caçavam, pescavam, criavam animais e cultivavam lavouras para garantir o sustento.

Esse quilombo foi, provavelmente, formado por escravos que fugiam dos engenhos de Pernambuco e chegou a possuir cerca de 20 mil habitantes. Surgiu no final do século XVI e foi destruído em 1694, por uma expedição portuguesa. Um dos grandes símbolos desse quilombo foi Zumbi dos Palmares, seu último líder.