O que muda no corpo trans?

Perguntado por: uresende . Última atualização: 17 de julho de 2023
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“Eles agem modificando várias partes do nosso corpo que são sensíveis a estes hormônios, ou seja, com uso contínuo a mulher trans desenvolve os caracteres sexuais secundários típicos da puberdade, como o aumento de mamas, a redistribuição de gordura e a redução de pelos”, explica o dr.

No caso de mulheres trans, o estrogênio tem efeitos que acentuam uma aparência feminina, como: a gordura começa a ser mais distribuída pelos quadris e o tamanho do órgão reprodutor pode ficar ligeiramente reduzido, a massa muscular e a energia que podem ser reduzidas.

Por meio da redução dos níveis dos hormônios femininos e aumento da testosterona, busca-se estimular mudanças na voz, pilificação corporal e composição corporal (aumento de massa magra).

Uma das principais funções do estradiol no sexo masculino é a manutenção da massa óssea.

estrogênio

Os rostos com mais estrogênio tendem a ter traços femininos clássicos, como olhos e lábios grandes e narizes e maxilares menores. Os pesquisadores acreditam que além de melhorar a aparência do rosto, a maquiagem pode também disfarçar as pistas normalmente percebidas no rosto.

Na construção da genitália feminina, os testículos são removidos e a pele do pênis é invertida para formar o interior da nova vagina (incluindo seus vasos sangüíneos e terminações nervosas). O clitóris é feito a partir da glande (a ponta do pênis).

Segundo Daniel Mori, psiquiatra do IPq (Instituto de Psiquiatria) da USP (Universidade de São Paulo), estudos apontam que, mesmo com estrutura diferente em relação ao tamanho e volume, o cérebro de uma mulher trans, por exemplo, funciona de maneira similar ao de uma mulher cis —o mesmo vale para homens trans.

Estrógenos: as formulações orais de estrógenos são as mais utilizadas pela comodidade e menor custo. Mulheres que realizam orquiectomia necessitam doses menores de estradiol. Estrógenos sintéticos (como o etinilestradiol) não devem ser utilizados em função do risco elevado de eventos tromboembólicos.

O uso de testosterona para transição hormonal é um processo lento, os efeitos podem ser observados desde o primeiro mês após iniciar a terapia e se completam em até 5 anos (TRINDADE, 2021).

De acordo com a opinião de especialistas do Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia (ACOG), as pessoas trans e não-binárias que eram AFAB podem escolher qualquer método de contracepção disponível para mulheres cisgêneras – mesmo se estiverem tomando testosterona (4).

A SIA é mais uma forma de intersexualidade — produzida, nesse caso, por uma alteração genética — outra evidência de que o sexo não se restringe apenas ao estritamente masculino ou feminino, e “são situações que não afetam a vida e com as quais é possível viver”, esclarece a pesquisadora emérita do Vall d'Hebron ...