É possível ficar vesgo por causa do celular?

Perguntado por: hcampos . Última atualização: 20 de julho de 2023
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Um dos maiores riscos está na possibilidade de estrabismo com o uso excessivo de telas de eletrônicos. Segundo a médica oftalmopediatra Thassia Tadiotto, durante a pandemia, aumentaram os casos dessa doença.

Mas não é! O uso excessivo de telas durante a pandemia é o principal responsável pelo agravamento de algumas condições oculares em crianças e adolescentes, como o estrabismo convergente adquirido. Isso mesmo, crianças que passam horas nas telas podem desenvolver o estrabismo.

O estrabismo pode estar presente já no início da vida ou surgir mais tarde, ainda na infância. Pode também aparecer ainda mais tarde, mesmo em adultos, neste caso geralmente causado por alguma doença física não ocular, como o diabetes e doenças neurológicas, ou devido a um traumatismo na cabeça.

A maioria dos casos de estrabismo iniciam ainda na infância, contudo, também podem ocorrer durante a vida adulta, em decorrência de diversos fatores como doenças metabólicas ou neurológicas. Diabetes, Acidente Vascular Cerebral – AVC, acidentes automobilísticos ou pancadas na cabeça podem desencadear o problema.

É importante entender que manter práticas diárias inadequadas no uso de computador e celular, por exemplo, provocam consequências oculares, como agravar a miopia, estrabismo e enxaqueca. A verdade é que, muitas vezes, essas consequências ocorrem devido ao esforço necessário para enxergar mais de perto.

O uso excessivo de telas, principalmente celular, é o principal responsável pelo agravamento de algumas doenças oculares, como o estrabismo. Isso mesmo! Quem passa horas em frente às telas pode desenvolver desvio dos olhos!

Quando um dos olhos fica estrábico, duas imagens são captadas. Nas crianças, o cérebro "aprende" a ignorar a imagem do olho estrábico e a considerar apenas a do outro olho. Nos adultos, o processo é diferente. Como o cérebro foi estimulado a captar imagens dos dois olhos, ele não consegue ignorar a do olho estrábico.

Logo, falso estrabismo é a falsa aparência de estrabismo. Algumas crianças pequenas aparentam ter estrabismo por terem uma dobra de pele no canto interno das pálpebras, que esconde a esclera (parte branca do olho) nessa região, principalmente quando a criança olha para os lados.

Sintomas de estrabismo
A principal queixa nesses casos é a visão duplicada, ou diplopia. Outros sintomas comuns são dores de cabeça e torcicolo, que se dá pela inclinação de cabeça da pessoa estrábica com o intuito de enxergar melhor.

Revirar pálpebras, fingir ser “vesgo” e demais brincadeiras podem causar danos nos olhos, dizem médicos.

Para alinhar os olhos, muitas vezes é indicada a cirurgia. Durante o procedimento, o cirurgião reposiciona os músculos oculares para corrigir o desvio. Em crianças, a anestesia geral é necessária.

A cirurgia de estrabismo não é um procedimento barato, o valor pode variar dependendo do caso e idade do paciente, bem como local que será realizado, podendo variar entre R$ 2.500,00 até R$ 10.000,00.

Pequenas diferenças de visão entre um olho e o outro são naturais. Às vezes, até mesmo a cor e o brilho de um objeto podem ser diferentes, quando comparamos a visão entre ambos o olhos, com um simples teste de ocluir um olho por vez com a palma da mão.

O recomendável pelos médicos é que crianças de até 2 anos não tenham contato com nenhum tipo de tela digital. Ou seja: celulares, tablets ou até mesmo TVs. Após essa idade, 1 hora é o tempo máximo permitido para que uma criança fique na frente de uma tela. Ultrapassar o tempo recomendado pode causar problemas de visão.

Além de problemas psicológicos, usar celular por um longo tempo pode trazer algumas alterações físicas. Ficar com o pescoço para frente e inclinado para baixo, podem alterar os contornos do rosto e proporcionar a perda de elasticidade. Isso pode aumentar a probabilidade de criar rugas e papadas (gordura no queixo).