Como o PT deixou a inflação?

Perguntado por: hsantos7 . Última atualização: 17 de julho de 2023
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Mostramos agora que, durante os governos petistas, a taxa de inflação não esteve “fora do controle”. Ao contrário, permaneceu controlada e preservou a tendência de queda durante os governos Lula, apresentando ligeira alta no primeiro governo Dilma, mas ainda dentro das metas estabelecidas.

A prévia da inflação, medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), desacelerou no período, com taxa anual partindo de 5,90% em dezembro de 2022 para 3,40% em junho.

A inflação oficial do país observada entre 2019 e 2022 ficou em 26,93%, no maior patamar para um mandato desde o primeiro governo de Dilma Rousseff, que aconteceu entre 2011 e 2014 (27,03%).

Durante os anos do governo Lula, o PIB brasileiro teve um crescimento médio de 4% ao ano |3|. Esse cenário de crescimento econômico, conforme citado, ancorou-se, sobretudo, no crescimento das exportações de matérias-primas e commodities do Brasil para nações em vertiginoso crescimento, como a China.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o Brasil emprestou US$ 15 bilhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI) durante seu governo. O empréstimo, na época, porém, foi de US$ 10 bilhões.

Todas as projeções para a inflação em 2023 estão bem acima do teto da meta deste ano, de 3,25%, que tem uma margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 1,75% a 4,75%). No caso de 2024, a meta é de 3,00%, com margem de 1,5 ponto (1,50% a 4,50%).

A inflação mais baixa do período ocorreu no primeiro governo Lula, 5,51%, segundo cálculos do Banco Brasil Plural. O primeiro mandato de Lula teve IPCA médio de 6,43%. Nos dois governos de Fernando Henrique Cardoso, a inflação foi de 9,71% e 8,78%, respectivamente.

O Governo Lula caracterizou-se pela baixa inflação, que ficou controlada, redução do desemprego e constantes recordes da balança comercial. Na gestão do presidente Lula observou-se o recorde na produção da indústria automobilística em 2005, o maior crescimento real do salário mínimo e redução do índice de Gini.

Em maio de 1989 o ágio no mercado paralelo de dólares alcançava 200%. As eleições de novembro realizaram-se sob uma inflação de 45% ao mês. De fevereiro de 1986 até novembro de 1989 o Índice IPCA acumulado já era de 107.492,07%.

O plano de ação econômica que eles escreveram foi publicado no final de 1993. Na época, a inflação batia recordes, prejudicando principalmente os mais pobres. No inicio de 1994, a inflação estava em 40% ao mês, ou três mil por cento ao ano. Os preços subiam sem parar – gasolina, alimentos, prestações...

Foi quando o governo lançou o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e havia um grande otimismo na economia. Também tinham sido feitas reformas no sistema de crédito que deram mais segurança para o mercado financeiro e estimularam a bancarização e o aumento do consumo das famílias”, relembra ele.

Durante o governo de Jair Bolsonaro e do ministro da Economia Paulo Guedes (2019-2022), o Brasil cresceu 1,5% ao ano, taxa inferior à registrada nos governos de FH, Lula e no primeiro mandato de Dilma. A gestão teve como legado principal na economia a aprovação da reforma da Previdência.

A indústria cresceu 1,9% e o setor de serviços, 2,9%. A taxa de investimento no primeiro trimestre de 2023 foi 17,7% do PIB –abaixo do observado no mesmo trimestre do ano anterior (18,4%). Já a taxa de poupança ficou em 18,1% no trimestre (ante 17,4% no mesmo período de 2022).

Veja as maiores dívidas do Brasil:

  • Atlético-MG - 1,57 bilhão.
  • Cruzeiro - R$ 1,18 bilhão.
  • Botafogo - R$ 1,04 bilhão.
  • Corinthians - R$ 927 milhões.
  • Vasco - R$ 679 milhões.
  • Fluminense - R$ 678 milhões.

É o maior valor da série histórica, que começou em 2004. No fim de 2017, a dívida estava em R$ 3,559 trilhões; já no final de 2018, ela subiu para R$ 3,877 trilhões. A dívida pública, portanto, subiu R$ 371 bilhões no ano passado, o primeiro do governo de Jair Bolsonaro.

Instituições financeiras são os principais detentores da dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi), com 28,8% de participação, seguidos de fundos (23,6%) e previdência (23,5%).