Como o neurótico utiliza o próprio sofrimento para se favorecer?

Perguntado por: uaraujo . Última atualização: 25 de setembro de 2023
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Tipo de exemplo sobre a utilização do neurótico se favorecer com o próprio sofrimento, pode ser expondo as próprias ações como se fossem erradas, invertendo os papéis, passando a ser o acusado na situação; ou seja, denegrindo a si mesmo.

Uma pessoa neurótica passa a ter reações e comportamentos diferentes: fica muito ansiosa, evita sair de casa para ir a determinados lugares, tem medo de certas situações, imagina situações que pode fazer mal, ficam deprimidos mais constantemente, são mais preocupados...

A instabilidade emocional e preocupação em excesso com determinados objetos e cenários são características intrínsecas da neurose. A pessoa neurótica imagina um resultado desastroso de uma situação simples, frustrando-se com seus próprios pensamentos ruins e explodindo com quem está próximo.

Aqui já se pode ler que o neurótico sofre por amar ao próximo como a si mesmo, ou por querer ser amado como ama a si próprio. Mas o entendimento dessas ponderações lacanianas pode também ser favorecido por Miller (2003), no livro La pareja y el amor.

O neurótico obsessivo usa o mecanismo de defesa do isolamento, onde há uma separação entre a representação ideativa e a representação afetiva da pulsão, produzindo uma dissociação entre o discurso e o afeto.

Neurose de Histeria
Neste tipo o que pode acontecer é a perturbação mental na qual pode surgir um estreitamento do campo da consciência ou alterações motoras ou sensoriais. O sujeito raramente tem consciência de tais alterações.

Dentro do campo das neuroses há basicamente três grupos de categorias pelas quais os processos de defesa se desenvolvem: a histeria, a obsessão e a fobia.

A depressão neurótica
Portanto, a depressão que se caracteriza como um distúrbio reativo às vivências de frustração, de perda e de abandono, só se torna uma depressão neurótica por causa da estrutura neurótica que lhe é subjacente. Daí porque diante das mesmas vivências de frustração, nem todos reagem do mesmo modo.

Freud define a neurose como a expressão de um conflito entre os desejos do nosso inconsciente. Para ele, certos impulsos inconscientes são incompatíveis com a realidade exterior ou são impossíveis de serem concretizados, desenvolvendo-se no sujeito um intenso estado de ansiedade e mal estar geral.

Nos casos de neurose obsessiva, os sintomas são de tendências contraditórias – ou de natureza negativa, como proibições, penitências, ou satisfações substitutivas, em disfarce simbólico; nesses pacientes, a ambivalência se mostra como um fator fundamental, ou seja, a uma ação determinada, se segue um segundo ato que ...

O mecanismo da neurose obsessiva está sob uma vigilância inconsciente para barrar o conteúdo recalcado à consciência. Esta barra é imperfeitamente realizada e pode fracassar a qualquer momento. Quando os atos obsessivos não são suficientes para sua defesa e proteção do conteúdo recalcado, surgem as proibições.

O ama, mas também o odeia em sua condição de rival. Frente à angústia de castração, encontrar algum mecanismo de defesa se faz necessário. Se há recalcamento, há sintoma. Se o sujeito duvida até mesmo do amor que sente pelo próprio pai, pode facilmente duvidar de algo que tenha menor importância.

Pode ser distinguida em três formas clínicas: neurose fóbica, neurose histérica, neurose obsessivo-compulsiva. O tratamento mais indicado é a psicoterapia. São utilizados medicamentos, como os ansiolíticos.

Quais são os mecanismos de defesa? Existem pelo menos quinze tipos de mecanismos de defesa conhecidos e explicados pelas teorias da psicologia. Entre eles, podemos citar: compensação, expiação, fantasia, formação reativa, identificação, isolamento, negação, projeção e regressão.

Freud define a neurose como a expressão de um conflito entre os desejos do nosso inconsciente. Para ele, certos impulsos inconscientes são incompatíveis com a realidade exterior ou são impossíveis de serem concretizados, desenvolvendo-se no sujeito um intenso estado de ansiedade e mal estar geral.

Cada uma dessas estruturas: neurose, psicose e perversão, possui, segundo Freud, um mecanismo de defesa específico. Esse mecanismo de defesa nada mais é do que uma forma inconsciente que a mente do indivíduo encontra para lidar com o sofrimento que advém do Complexo de Édipo.