Qual o papel do ego na neurose?

Perguntado por: abarreto . Última atualização: 25 de setembro de 2023
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Na neurose obsessiva, o ego está constantemente sob a ameaça do fracasso do recalque, o que para impedir tal emergência, para combater a angústia, exige esforço constante, com grande dispêndio de energia.

Assim, o ego é a parte consciente, responsável por interpretar a realidade, memória, emoções e percepção – relação do indivíduo com o meio – e mediador ente o Id e o superego. O ego, como afirmam os psicólogos, faz parte da natureza do ser humano.

Assim, o ego atua como mediador entre o id e o mundo exterior, tendo que lidar também com o superego, com as memórias de todo tipo e com as necessidades físicas do corpo. Como o ego opera de acordo com o princípio da realidade, seu tipo de pensamento é verbal e se caracteriza pela lógica e pela objetividade.

Ego é a consciência, o “eu de cada um”, ou seja, o que caracteriza a personalidade de cada indivíduo. O conceito de ego é bastante utilizado em estudos relacionados à psicanálise e à filosofia. De acordo com a teoria psicanalítica, o ego faz parte da tríade do modelo psíquico, formado pelo ego, pelo superego e pelo id.

O ego principia seu desenvolvimento, precisamente, quando os impulsos primitivos começam a conhecer as simples dinâmicas da vida. Não depende, inicialmente, de instruções formais. Aprende pela experiência, por assim dizer. Dessa forma, vai controlando o id.

Em suma, o Id, o Ego e o Superego são os três componentes da formação da personalidade. São as representações da impulsividade, da racionalidade e da moralidade, respectivamente.

Superego: esse componente é a junção do inconsciente com o consciente. Ele se desenvolve a partir do ego ainda na infância. O superego é a estrutural social da nossa psique e atua como instância reguladora, pois representa os valores morais, culturais e os ideias de cada indivíduo.

O ego foi nomeado por Freud como o princípio da realidade. O ego é o centro da nossa personalidade que precisa se ajustar à instintualidade do id. Trata-se de uma instância responsável pelo equilíbrio da psique, ao se ajustar aos impulsos do id, ele também procura satisfazê-los.

O ego surge por volta dos dois anos de idade.

O id cria as demandas, o ego acrescenta as necessidades da realidade, e o superego incorpora a moral à ação. Segurando a onda dos elementos mais radicais dessas influências, o resultado pode ser um indivíduo em paz consigo mesmo – ainda que, às vezes, sua mente tenha de recorrer a escudos e disfarces para chegar lá.

O ego vai sendo construído, formado, na medida em que vamos interagindo com a realidade, a partir das nossas vivências e experiências (familiares, culturais, sociais, e de trabalho). A maneira como pensamos, o que pensamos, como agimos, ou reagimos, é determinada pelo ego.

Ausência do ego não significa a ausência de um eu (self) funcional (o que seria próprio de um psicótico e não de um sábio); significa que não estamos mais exclusivamente identificados com esse eu.

Quando o ego não é alimentado pelos outros, a pessoa se sente mal e pode ter que lidar com uma infinidade de emoções negativas, como timidez, raiva, pena de si e medo. Então, perceberemos que tudo se tratava de uma falsa segurança disfarçada.