Como é chamada a histeria hoje?

Perguntado por: amartins4 . Última atualização: 25 de setembro de 2023
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O diagnóstico para a pessoa histérica era conhecido como neurose histérica ou histeria de conversão. Hoje o diagnóstico é nomeado como transtorno dissociativo ou conversivo.

Ainda hoje, pessoas diagnosticadas com histeria muitas vezes relatam episódios de abusos físicos ou sexuais – nem sempre reais, como Freud descobriu ao notar que fantasias dessa natureza também provocavam sintomas histéricos em suas pacientes.

Na manifestação histérica, pode-se localizar um mimetismo psicótico. Pertencem ao grupo: astasia-abasia histérica, histeria sem outra especificação (SOE), histeria de conversão, neurose de renda, personalidade múltipla, reação de conversão, reação ou estado dissociativo, síndrome de Ganser (histérica) (OMS, 1978, pp.

Resumo. A neurose é uma estrutura psíquica caracterizada por sintomas de origem infantil a partir de um conflito psíquico recalcado. A histeria é uma neurose que tem como característica a conversão somática como peculiar na formação de seus sintomas.

O QUE É HISTERIA
A histeria é uma psiconeurose na qual a dissociação ou fragmentação da vida mental substitui funcionamento normal. A histeria pode ser um mecanismo de defesa para evitar emoções dolorosas, transferindo inconscientemente essa angústia para o corpo.

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O termo tem origem no termo médico grego hysterikos, que se referia a uma suposta condição médica peculiar a mulheres, causada por perturbações no útero, hysteron, em grego. O termo histeria foi utilizado por Hipócrates, que pensava que a causa da histeria fosse um movimento irregular de sangue do útero para o cérebro.

Os três tipos de neuroses: conheça
Pode ser dividida em três tipos: obsessiva, fóbica e histérica, todas elas podem se manifestar sendo decorrentes de eventos estressantes, que fazem o inconsciente despertar seus sentimentos recalcados.

A instabilidade emocional e preocupação em excesso com determinados objetos e cenários são características intrínsecas da neurose. A pessoa neurótica imagina um resultado desastroso de uma situação simples, frustrando-se com seus próprios pensamentos ruins e explodindo com quem está próximo.

O neurótico possui reações intensas e incontroláveis tanto às situações corriqueiras, como a necessidade de ir ao mercado ou esperar a vez na fila do banco, quanto a acontecimentos estressantes. Grande parte dessas reações acaba atrapalhando o aproveitamento das suas vivências diárias e os seus relacionamentos.

Sigmund Freud, médico austríaco, entre 1888 a 1893, usufruindo dos achados de Charcot sobre os aspectos traumáticos da histeria, afirma com sua Teoria da Sedução que o trauma vivido pelo paciente histérico era de origem sexual, sublinhando que a histeria era fruto de um abuso sexual realmente vivido pelo sujeito na ...

Para o obsessivo, trata-se de uma questão sobre a existência (estou vivo ou estou morto?); para a histérica, trata-se de uma questão sobre o sexo (sou homem ou sou mulher?) que é subsumida pela questão – tanto para o homem quanto para a mulher histérica – "o que é ser mulher?" (QUINET, 1996, p. 29).

Segundo Laplanche e Pontalis (1995), a Histeria de Angústia é um tipo de histeria em que a angústia é fixada de modo mais ou menos estável em algum objeto específico, que seriam entendidos como fobias.

Enquanto na histeria, afirma o autor, a bissexualidade está diretamente implicada, porque conflitante, na depressão, ao contrário, há uma clivagem; de um lado, o feminino e o masculino afetam sobremaneira, de outro é indiferente.

Aliás, não só era aceitável como, frequente e ironicamente, as mulheres – muitas das quais casadas – eram trazidas pelos seus esposos aos consultórios, a fim de alcançarem o tão almejado estado de “paroxismo histérico”, um termo que simultaneamente medicaliza e dessexualiza o orgasmo feminino.