Como é o berne no cachorro?

Perguntado por: egalvao . Última atualização: 25 de setembro de 2023
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Berne em cachorro é uma doença parasitária de pele causada pela larva da mosca Dermatobia hominis. Essa mosca é conhecida como “mosca varejeira”. A infecção acomete mais frequentemente os animais de campo, mas pode acontecer na cidade e, inclusive, no ser humano.

Por tanto, se você quer garantir o bem-estar do seu pet, fique atento aos seguintes sintomas que podem indicar berne:

  1. lesões na pele de odor fétido;
  2. inchaço da região afetada;
  3. coceira ou lambedura da área atingida;
  4. claudicação (quanto atinge as patas);
  5. dor local;
  6. falta de apetite;
  7. perda de peso.

Se a larva não for retirada antes desses 40 dias e/ou não houver tratamento, a região que ela “atacou” pode ficar aberta e exposta, causando feridas e inflamações. Às vezes, pode acontecer de o berne ser absorvido pelo organismo e a ferida fechar sozinha, mas é uma situação mais rara.

Existem algumas opções caseiras, usadas popularmente, que podem ser feitas para tirar berne, como cobrir o pequeno furo que aparece na pele com um esparadrapo ou bacon, ou passar esmalte de unha, de forma a impedir que o verme respire, fazendo com que se mova para a superfície da pele, facilitando sua remoção.

Para remoção do berne, em específico, como ele possui apenas uma larva, também é possível utilizar produtos locais que impedem a larva de respirar, o que a deixa imobilizada e facilita sua remoção com pinça. Se a doença estiver em estágios mais avançados, essa retirada pode ser cirúrgica.

O tratamento mais usado para retirar a berne do cão é através de medicamentos que são colocados sobre o buraco na pele para evitar que a larva respire, a matando por falta de oxigênio. Depois de morta, o local deve ser espremido até a retirada completa da larva.

40 dias

Saiba que o berne fica na pele do cachorro aproximadamente 40 dias, depois se transforma em pupa, como o casulo da borboleta e, consequentemente, vira uma mosca.

O berne fica no corpo do homem por aproximadamente 50 dias, sendo que, durante esse período, não ocorre a migração pelos tecidos. Após esse tempo, a larva cai no solo, onde inicia a sua fase de pupa.

Enquanto a bicheira é caracterizada pela presença de larvas que se alimentam de tecido muscular com ferimento, o berne é caracterizado pela infestação do tecido íntegro do animal, onde as larvas penetram e formam um nódulo no local.

Quais são os sintomas de berne? A ferida do berne costuma ser pequena, como um buraquinho na pele que elimina um pus ou mesmo uma secreção mais amarelada.

Tratamento do berne
Para tanto, fechar a abertura por onde ela respira com uma camada grossa de vaselina, esmalte de unha, ou cobri-la com esparadrapo (em alguns lugares, é comum usarem toucinho defumado para atrair a larva) força a saída da larva, que pode então ser retirada com uma pinça.

Deve ser administrado por via subcutânea, na dose de 200 µg de ivermectina por kg de massa corporal, equivalente a 1 ml do produto para cada 50 kg de massa corporal.

Remédio caseiro para bicheira em cachorro: usar ou não? De acordo com o médico veterinário, não é recomendado usar qualquer tipo de remédio caseiro para bicheira em cachorro! “É muito fácil confundir a miíase com outras doenças de pele sem a realização dos exames corretos.

Polvilhe cal e sal nas áreas afetadas para desidratar as larvas isoladas. A cal hidratada (hidróxido de cálcio) e o sal ressecam as larvas, matando-as por déficit de pressão de vapor d'água. Misture ¼ xícara (60 ml) de cada ingrediente e, depois, polvilhe a solução nas áreas afetadas.

A ivermectina veterinária é um medicamento veterinário usado para tratamento da sarna sarcóptica, sarna demodécica, verminoses gastrointestinais e do verme do coração, condições essas causadas pelos parasitas Ancylostoma sp, Toxocara canis e Trichuris sp.

A miíase, popularmente conhecida como berne ou bicheira, é uma doença que ocorre na pele de humanos e animais, causada por larvas de moscas pertencentes à subordem Brachycera. “Ela ocorre, principalmente, nos cães, mas também pode ocorrer em gatos.