Quem tem hipertireoidismo tem que operar?

Perguntado por: ijesus . Última atualização: 19 de julho de 2023
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Glaucia Mazeto: O hipertireoidismo pode ser devido a muitas causas. A necessidade, ou não, de cirurgia vai depender da causa do quadro e do volume do bócio, entre outros aspectos. Muitas vezes, o tratamento pode ser realizado com medicamentos ou radioiodo.

Na ocorrência de hipertiroidismo, os medicamentos são a primeira abordagem de tratamento. A cirurgia é sugerida apenas nos casos em que não é possível controlar os sintomas do excesso de hormônio com os remédios.

A cirurgia de tireoide é feita com anestesia geral e durante a operação, que demora cerca de 1 a 2 horas, o médico faz um corte no pescoço permitindo observar e retirar a tireoide.

"Quando a tireóide apresenta nódulos volumosos, com sintomas de desconforto local, produção exagerada de hormônios (hipertireoidismo) de difícil controle medicamentoso, ou nódulos suspeitos de malignidade, indicamos o tratamento cirúrgico que pode ser a retirada parcial ou total do órgão, ou seja, a tireoidectomia", ...

Se não tratado, o hipertireoidismo pode levar a outros problemas de saúde mais graves, que podem envolver o coração e os ossos. No coração, os sintomas podem variar entre batimentos cardíacos acelerados, irregulares e insuficiência cardíaca congestiva. Já nos ossos, o paciente pode desenvolver osteoporose.

Deve-se evitar alimentos ricos em sal, gorduras saturadas e carboidratos simples e limitar o consumo de soja e seus derivados, uma vez que estes interferem na atividade hormonal da tireoide. Recomenda-se remover completamente da dieta o álcool, o tabaco e a cafeína.

Uma única cirurgia custa em média R$ 18 mil, enquanto o custo do exame diagnóstico molecular é em torno de R$ 4 mil”, finaliza.

Nas gestantes com hipertireoidismo por doença de Graves a dose deve ser a mínima necessária para manter os níveis de T4L na faixa superior do normal. Após 12 a 24 meses de tratamento, as tionamidas devem ser descontinuadas. A taxa de remissão da doença após 12 a 24 meses de tratamento varia de 30% a 50%.

O uso é contínuo por até dois anos. Indicado quando as chances de controle com medicamento são baixas, os níveis de hormônio estão muito elevados ou há protuberâncias no pescoço. É a menos utilizada. Serve usualmente para pacientes graves, com inchaços grandes no pescoço ou com os hormônios bem desregulados.

O período de internação da tireoidectomia costuma ser de um ou dois dias, apenas. Após esse período, o paciente recebe alta e pode retornar retorna para sua casa.

Riscos e efeitos colaterais
As principais complicações da cirurgia da tireoide podem incluir: Rouquidão temporária ou permanente ou perda da voz.

A cirurgia de tireoide, por sua vez, é o principal tratamento para o câncer de tireoide primário. O procedimento costuma ser indicado para tratar carcinomas bem diferenciados, os tumores malignos da tireoide mais comuns.

Tanto o hipo como o hipertireoidismo podem ter cura, mas depende da causa. O hipertireoidismo causado pela doença de Graves, por exemplo, tem tratamento, mas não cura.

Conforme a médica, no hipertireoidismo a função cardíaca fica acelerada, causando sensação de palpitação e, caso persista por muito tempo, pode gerar as disfunções cardíacas. A musculatura do coração se torna mais espessa e, em casos mais graves, ocasiona a insuficiência cardíaca.

O hipertireoidismo é a condição que leva a tireóide a produzir hormônios excessivamente. Esta é uma das doenças da tireoide mais graves e pode induzir a problemas no coração e nos ossos. Ele afeta, sobretudo, a mulheres de 20 a 40 anos, mas também pode se instalar em homens e idosos.

Nervosismo, ansiedade e irritação, assim como mãos trêmulas e sudoreicas podem ocorrer em pessoas com hipertireoidismo.