Quem tem ansiedade pode ter um AVC?

Perguntado por: mgoncalves8 . Última atualização: 12 de julho de 2023
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O médico cardiologista Mateus Freitas Teixeira explica. Ansiedade, raiva e estresse podem aumentar o risco de doença cardiovascular, semelhante ao que já acontece com a depressão. É o que demonstram evidências de estudos e um artigo do The American Journal of Medicine, que usaremos como base.

As pessoas que tinham um transtorno mental tiveram um risco 58% maior de ter infarto no miocárdio e 42% de ter um AVC quando comparadas a quem não tinha transtorno diagnosticado. A ansiedade estava entre os com risco mais baixo, mas ainda maior do que pessoas sem diagnóstico.

Geralmente, não há alterações na respiração, exceto nos casos em que o ataque provoca uma crise de ansiedade. Indivíduos que já sofreram um ataque cardíaco descrevem a dor como opressiva, ou seja, uma sensação de aperto ou pressão no peito. Ela não passa mesmo quando a pessoa fica em repouso e sua intensidade varia.

O cérebro reage com uma descarga de adrenalina, e o corpo começa a produzir sintomas físicos. Quem nunca passou por uma crise de ansiedade antes pode até achar que está sofrendo um infarto, tamanha a intensidade desses sinais. Rapidamente, a sensação de mal-estar e angústia toma conta dos pensamentos.

Depois do AVC, a pessoa pode ter mais dificuldade em controlar o seu humor e as suas emoções (labilidade emocional). Significa que pode chorar mais ou sem razão aparente e no momento a seguir começar a rir. A pessoa pode também passar a dizer mais palavrões, quando antes não o fazia.

perda súbita de visão em um ou nos dois olhos; dor de cabeça​ intensa e súbita; dificuldade para falar e compreender o que os outros estão falando.

Conheça alguns sintomas podem ajudar a detectar o AVC logo no começo: Alteração da força muscular ou formigamento, principalmente dos braços, pernas ou de um lado do corpo. Assimetria facial. Dificuldade na fala.

Entre os sintomas psíquicos, os aspectos essenciais são a preocupação constante e receios, como medo de ficar doente, de que algo negativo aconteça com seus familiares, de não conseguir cumprir com compromissos profissionais ou financeiros. Ao longo do transtorno, é comum a preocupação mudar de foco.

A ansiedade passa a ser patológica quando começa a prejudicar o dia a dia, causando transtornos físicos e emocionais e interferindo na qualidade de vida do indivíduo, que não consegue controlá-la.

Em casos mais graves, a ansiedade pode desencadear ataques de pânico ou outras condições de saúde mental, como fobia social, agorafobia e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Busque ambientes tranquilos. O barulho ou a presença de outras pessoas pode piorar uma crise, já que se torna mais difícil de a mente se aquietar e recuperar o controle. Assim, quando perceber que a crise se aproxima, procure um ambiente tranquilo, onde seja possível fazer o exercício de respiração e se acalmar.

O diagnóstico do AVC é feito por meio de exames de imagem, que permitem identificar a área do cérebro afetada e o tipo do derrame cerebral. Tomografia computadorizada de crânio é o método de imagem mais utilizado para a avaliação inicial do AVC isquêmico agudo, demonstrando sinais precoces de isquemia.

Fernando Topanotti Tarabay (CRM/SC-22270 - RQE 18727). De acordo com o especialista, geralmente os sintomas do “AVC Silencioso” são inespecíficos, como queixas de memória, alguma dificuldade leve de mobilizar ou sentir membros e alterações de linguagem.

Hipertensão é um fator de risco para acidente vascular cerebral. Uma diferença de 20mmHg na pressão sistólica está associada a uma redução de 60% no risco de morte por AVC em indivíduos na faixa etária entre 50 e 70 anos e a uma redução de 50% em indivíduos entre 70 e 79 anos (1).

“Diferente do que muitos pensam, na maioria dos casos, o AVC isquêmico não provoca dores na cabeça. Seus principais sintomas estão relacionados com dificuldades motoras repentinas, perda de sensibilidade, paralisia de um lado do corpo e dificuldades para falar.

Níveis de pressão elevados acabam lesionando os vasos sanguíneos do cérebro, ocasionando o AVC. Mesmo que uma pessoa tenha uma pressão pouco elevada, com níveis como 13 ou 14 de máxima, é preciso logo consultar um médico, para começar o tratamento adequado.