Quanto tempo dura um surto de psicose?

Perguntado por: mmota . Última atualização: 21 de agosto de 2023
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Os sintomas podem durar apenas um dia ou até um mês, mas podem ser graves o suficiente para colocar a pessoa em risco aumentado de comportamento violento ou suicídio . A maioria dos casos ocorre pela primeira vez quando um indivíduo está na casa dos 20 ou 30 anos, embora o início possa ocorrer em qualquer idade.

Quais são os tratamentos mais comuns e as formas de controlar um surto psicótico? O tratamento farmacológico mais comum para o controle dos episódios psicóticos consiste na administração de medicamentos antipsicóticos — e devem ser utilizados apenas com orientação e acompanhamento psiquiátrico.

Um surto psicótico é um conjunto de sintomas que, geralmente, estão associados a uma doença mental não tratada, ao uso de drogas ou a uma resposta excessiva a um estressor.

Outros sintomas comuns do surto psicótico são: confusão mental, ansiedade, agressividade, dificuldade de comunicação, isolamento social, perda da noção de tempo e espaço, comportamento catatônico — ficar parado sem qualquer reação — e rápidas oscilações de emoções e de humor, como medo, euforia, pânico e raiva.

Mas e a Psicose? Como a definiríamos? Zimerman (1999) distingue três situações: 1) - psicose propriamente dita; 2) - estado psicótico; 3) - condição psicótica.

O surto psicótico costuma apresentar melhora algumas semanas após o início dos sintomas, principalmente quando esse quadro não vem associado a uma alteração mental crônica. Nesses casos, os surtos costumam ser recorrentes e demandam o uso de medicamentos antipsicóticos para a estabilização.

O surto psicótico acontece por conta de uma alteração de neurotransmissores, sobretudo a dopamina, que é comum a condições psiquiátricas, como esquizofrenia, mania e depressão, ou condições clínicas, como encefalite.

O que é comum entre os surtos é o fato de serem “a gota d'água”, de acordo com o psicólogo Eduardo Xavier do Hospital Psiquiátrico São Pedro. A crise se origina em pessoas que já possuem uma certa fragilidade psicológica, ou seja, é algo que vai crescendo.

Os medicamentos antipsicóticos mais recentes (asenapina, clozapina, iloperidona, lurasidona, olanzapina, quetiapina, risperidona e ziprasidona) também bloqueiam os receptores da serotonina, que é outro neurotransmissor. Os especialistas acreditam que essa propriedade pode tornar esses medicamentos mais eficazes.

As pesquisas indicam que 40% das pessoas em situação psicótica retornam ao trabalho, entretanto conseguir trabalhar não significaria construir uma carreira (foco do presente artigo), ação que apenas de 10 a 25% conseguem realizar de forma contínua ou descontínua (ANTHONY; JANSEN, 1984; TSANG et al., 2000).