Quanto o Brasil desmata por ano?

Perguntado por: avieira3 . Última atualização: 20 de julho de 2023
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O Relatório Anual de Desmatamento no Brasil (RAD 2022), publicado pelo MapBiomas Alerta, trouxe dados sobre o desmatamento em todos os biomas do país para o ano de 2022. De acordo com o documento, houve um aumento de 22,3% na área desmatada em relação a 2021, totalizando 2.057.251 hectares.

A área desmatada no Brasil cresceu 22,3% em 2022 segundo o mais recente Relatório Anual de Desmatamento (RAD 2022) do MapBiomas, que consolida dados de todo o território nacional e seus biomas. Foram identificados, validados e refinados 76.193 alertas, que totalizaram 2.057.251 ha de desmatamento no ano passado.

Alertas de desmatamento na Amazônia caem 33,6% no 1º semestre de 2023. O número de alertas de desmatamento na Amazônia Legal caiu 33,6% no primeiro semestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira 6 pelo Ministério do Meio Ambiente.

"O desmatamento em 2022 indica que a atividade é executada em larga escala: foram 234,8 hectares por hora ou 5.636 hectares por dia, na média. Somente na Amazônia foram 3.267,5 hectares desmatados por dia ou 136,1 por hora.

Há um consenso entre os especialistas que ao menos 12% da floresta amazônica já tenham sido devastada. Porém, também há um entendimento de que o desmatamento atingiu 20% do total da área brasileira, o que significa um total de 500 mil quilômetros quadrados.

Em 2020, foram desmatados 758.329 hectares nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. O acréscimo pode parecer pouco percentualmente, mas a região Norte foi a que teve o maior desmatamento em 2020.

Na análise por estados, o Pará lidera o ranking do desmatamento, com 22,2% da área de todo o país (456.702 hectares). Na sequência, vem o Amazonas, com 13,33% (274.184 hectares); Mato Grosso, com 11,62% da área desmatada (239.144 hectares); Bahia, com 10,94% (225.151 hectares); e Maranhão, com 8,2% (168.446 hectares).

O valor estimado do desmatamento no período de 01 agosto de 2021 a 31 julho de 2022 foi de 11.568 km2. Esse valor representa uma redução de 11,27 % em relação à taxa de desmatamento consolidada pelo PRODES 2021.

2019 (138,08 km²), 2018 (146,32 km²), 2017 (101,23 km²) e 2016 (114,98 km²). Em comparação com 2022, o crescimento foi de 5% em um ano. No acumulado anual, 2023 registrou 375,33 km² devastados. Apesar do recorde em fevereiro, o contabilizado é menor do que o dos anos anteriores.

Após cinco anos consecutivos de alta, a área sob alerta de desmatamento na Amazônia teve queda de 33% no primeiro semestre de 2023, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (6) pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

Brasil na pole position
Mais uma vez, o Brasil se mantém como líder histórico de perda de florestas tropicais no mundo, tendo sido responsável por 43% do total desmatado em 2022.

O desmatamento em 2022 indica que a atividade é executada em larga escala: foram 234,8 ha por hora, ou 5.636 ha por dia, na média – um incremento de 24,3% em relação a 2021. Somente na Amazônia foram 3.267,5 ha desmatados por dia, ou 136,1 ha por hora.

Até então, a maior área desmatada na Amazônia Legal era de de 198,67 km², taxa registrada em 2022. O recorde observado em fevereiro se dá depois de uma redução de 61% nas taxas de desmatamento em janeiro, quando comparado com 2022.

Mesmo com a redução significativa, o acumulado de janeiro a maio de 2023 foi o quarto maior desde 2008, superado apenas pelos anos da era Bolsonaro: 2020, 2021 e 2022. Entre janeiro e maio, a floresta amazônica perdeu 1,5 mil km² de vegetação nativa, área equivalente à cidade de São Paulo (SP).