Quando surgiu a misoginia?

Perguntado por: aportela . Última atualização: 17 de julho de 2023
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A peça surgiu após uma controvérsia da época: em 1615, Joseph Swetnam publicou em Londres um panfleto chamado The Lewd, Idle, Disobedient and Fickle Women Process (O processo das mulheres lascivas, ociosas, desobedientes e inconstantes).

A origem da misoginia, embora já existente antes disso, foi estabelecida na Grécia Antiga que, fundada na razão e na ciência, foi determinante para o retrato de fragilidade, irracionalidade e ignorância atribuído à figura feminina.

Segundo a pesquisadora, o que causa a misoginia é uma cultura machista e sexista que reforça a superioridade masculina, ao mesmo tempo que desvaloriza, inferioriza e anula a mulher. “A misoginia contribui para assegurar a desigualdade de gênero.

A misoginia acomete a mulher em todos os âmbitos sociais e prejudica seu desenvolvimento ao condicioná-la a espaços restritos. Dessa forma, toda a vida social da mulher fica marcada pela sua condição de ser mulher e o tratamento misógino acaba por impedir que essa pessoa acesse espaços por ser considerada incapaz.

A misoginia se manifesta de diversas formas, como através da objetificação, da depreciação, do descrédito e dos vários tipos de violência contra a mulher, seja física, moral, sexual, patrimonial ou psicológica.

Origem do termo misoginia
O primeiro registo da utilização de misoginia é um teatro de comédia de autoria anônima, publicado em Londres, em 1630. O teatro se chamava Swetnam, the Woman-Hater, Arraigned by Women (Swetnam, o odiador de mulheres, arranjado por mulheres).

Um preconceito que Nietzsche revela, sim, é a misoginia, traço que a autora liga à própria experiência do filósofo. “Quando jovem, ele apoiava causas feministas, mas depois da decepção amorosa com Lou Salomé, passa a escrever coisas terríveis sobre mulheres. Ele mesmo dizia que toda filosofia é autobiográfica.”

Consequências da misoginia
Além de promover a discriminação, a violência e o abuso contra as mulheres, a misoginia também perpetua a desigualdade de gênero e a falta de representação feminina em posições de poder e liderança.

Misandria é a repulsa, desprezo ou ódio contra o sexo masculino. Esta é uma forma de aversão patológica aos homens, enquanto gênero sexual, sendo considerada o oposto da misoginia, que é o sentimento de repulsa e ódio pelo sexo feminino.

Nos dicionários, ela está relacionada ao ódio ou aversão às mulheres. Hoje, entende-se que a misoginia pode se manifestar de diversas formas, como através da objetificação, da depreciação, do descrédito e dos vários tipos de violência contra a mulher, seja física, moral, sexual, patrimonial ou psicologicamente.

Os dicionários definem a misoginia como "aversão às mulheres", nos dicionário em idioma inglês é definido como "ódio às mulheres" e como "o ódio, a aversão ou desconfiança das mulheres". De acordo com o sociólogo Allan G.

O Projeto de Lei 872/23 criminaliza a misoginia, definida como a manifestação que inferiorize, degrade ou desumanize a mulher, baseada em preconceito contra pessoas do sexo feminino ou argumentos de supremacia masculina.

O preconceito contra homossexuais e bissexuais é chamado de homofobia. Já o sentimento de aversão contra pessoas transexuais e transgêneros recebe o nome de transfobia. Para saber mais sobre o preconceito contra as mulheres e o universo feminino, leia sobre,Misoginia.

O termo define a prática de agredir, degradar ou discriminar a mulher por preconceito ao sexo feminino e pode ser incluído na Lei 7.716, de 1989, que trata dos crimes de racismo, homofobia e transfobia.