Qual o poema mais famoso de Ferreira Gullar?

Perguntado por: aalves . Última atualização: 9 de agosto de 2023
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Poema Sujo

'Poema Sujo' e 'Borbulhas de Amor' são versos mais populares do poeta Ferreira Gullar, que morreu neste domingo (4) O poeta, ensaísta, tradutor, crítico de arte e teatrólogo Ferreira Gullar, morto neste domingo (4), aos 86 anos, deixa como legado vanguardismo e contribuições para o desenvolvimento da literatura.

Poema sujo

- "Poema sujo", de 1976
A obra mais conhecida do escritor chegou ao Brasil contrabandeada por Vinícius de Moraes no ano anterior. Exilado em Buenos Aires, Gullar gravou em uma fita cassete sua leitura do poema, que acabou lançado no Brasil sem a sua presença.

Os mais de dois mil versos criados na solidão do exílio são uma espécie de hino pela liberdade.

  • Poema Sujo (1976)
  • Ferreira Gullar: poemas (2008)
  • Toda poesia: (1950-2010)
  • A luta corporal (1954)
  • Dois e dois: quatro (2001)
  • Dentro da noite veloz: Poesia (2009)

A poesia de Ferreira Gullar mostra um estado de alta tensão psíquica e ideológica: seus textos, independentemente dos temas abordados, são participantes, isto é, engajados, evidenciando a preocupação do poeta com as mazelas sociais e, sobretudo, a preocupação em contribuir para a transformação da sociedade brasileira.

O poeta foi primeiro enquadrado no concretismo, depois foi um dos responsáveis pela introdução do neoconcretismo na literatura brasileira, junto com Hélio Oiticica e Lígia Clark. Publicou o “Manifesto Neoconcreto” no “Jornal do Brasil” em 1959. Pouco depois, Gullar passa a fazer uma poesia mais voltada para a política.

O poema “Traduzir-se”, de Ferreira Gullar, retrata o indivíduo com suas complexidades, ambiguidades, contradições. E traduz, por meio das palavras, que a vida espelha riquezas internas conscientes e inconscientes das quais o sujeito não se dá conta.

Primeiras publicações. Em 1926 participava de diversos recitais e publicou "Lusco Fusco" seu primeiro poema modernista.

"A Máquina do Mundo", de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), foi escolhido como o melhor poema brasileiro de todos os tempos. A eleição foi feita por um júri de dez críticos e escritores convidados pela Folha. "O Inferno de Wall Street", do maranhense Sousândrade (1833-1902), ficou em segundo lugar.

Intitulado "Parcelas de Esperança no Eco deste Mundo", o poema foi levado para exposição com a ajuda de um trator. Sua extensão foi medida ao longo de uma pista. "Trata-se de um poema acróstico sobre a declaração universal dos direitos humanos.

Aí vem a expressão que dá título ao poema: “Não há vagas”. Expressão típica do mundo do emprego, das relações patrão e empregado, indica falta de oportunidade.

Quem matou Aparecida?” (1962) conta a história de uma jovem da periferia, cheia de sonhos. Ainda menina, engravida do patrão, na casa onde vai trabalhar como babá. Expulsa e acusada de roubo pela patroa, volta para a favela. Conhece um bom homem, casa, mas vive uma vida cheia de dificuldades.

A hora da estrela é uma novela da escritora brasileira Clarice Lispector. É a obra mais famosa da autora e foi publicada pela primeira vez em 1977, no ano da morte de Clarice.

É “Poema sujo”, por não seguir as regras poéticas de métrica, rima, palavras adequadas e vocabulário. Há gírias, palavrões e, até mesmo, obscenidades na linguagem. Ainda pode ser “Poema sujo” por ser de um autor perseguido na época, contrário ao regime do seu tempo de rapaz.