Qual a diferença entre milicianos e traficantes?

Perguntado por: abaptista9 . Última atualização: 19 de julho de 2023
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A diferença original entre milicianos e traficantes era simples: os milicianos cobravam para oferecer segurança; já os traficantes, por sua vez, vendiam drogas ilegais e dominavam territórios das favelas, tornando-se o governo desses locais.

Significado de Miliciano
[Popular] Indivíduo ou grupo armado que não faz parte do corpo registrado de tropas militares de um país. Aquele que faz parte de uma organização política, religiosa etc. adjetivo Relativo à milícia, às tropas militares de um país. Etimologia (origem da palavra miliciano).

Atualmente, no Brasil, o termo milícia refere-se a policiais e ex-policiais (principalmente militares), uns poucos bombeiros e uns poucos agentes penitenciá- rios, todos com treinamento militar e pertencentes a instituições do Estado, que tomam para si a função de proteger e dar “segurança” em vizinhanças supos- ...

O que é uma milícia? No Brasil, milícia é um grupo de pessoas que realiza patrulhas contra narcotraficantes, geralmente em regiões onde o Estado não está presente com serviços básicos à população – como a própria segurança pública.

Jerônimo Guimarães Filho

A milícia —fundada segundo a Polícia Civil por Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, ex-vereador do Rio morto no último dia 4 por homens encapuzados que fugiram em um carro— começou atuando de forma concentrada, com foco na exploração de transporte clandestino e intermediações de ocupações urbanas.

As milícias possuem forte atuação em comunidades do Rio de Janeiro. Elas começaram a se formar na década de 1980. Em pouco tempo, se tornaram organizações criminosas que exploram atividades econômicas nas comunidades periféricas, com auxílio ou protagonismo de policiais e bombeiros.

Os principais eixos de expansão foram a zona oeste carioca, hoje quase integralmente dominada, e a Baixada Fluminense, onde há presença majoritária desses grupos em municípios como Itaguaí, Seropédica, Queimados e Nova Iguaçu.

Considerada a maior milícia do país, o Bonde do Zinho tem um verdadeiro arsenal de guerra para subjugar moradores, comerciantes e empresários em boa parte da Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde fincou domínio em dezesseis bairros, ocupados por mais de 1 milhão de habitantes.

André do Rap, Maria do Pó e João Cabeludo estão entre os nomes procurados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Esse é o histórico criminal de Danilo Dias Lima, de 38 anos, o Danilo Tandera. O miliciano mais procurado do Rio de Janeiro da atualidade só foi preso duas vezes – em ambas por posse ou porte de arma de fogo.

Porém, no sentido popular brasileiro, milícia e miliciano significam, respectivamente, um grupo de policiais e seus membros que atuam como mafiosos, como grupos paramilitares privados.

De acordo com as informações do MDH, Pernambuco teve o maior número de denúncias, com nove ocorrências, seguido de Bahia (8), Minas Gerais (8), Pará (5) e Rio Grande do Norte (5).

Os problemas trazidos pelas milícias para a segurança pública são evidentes até para observadores mais desatentos. Execuções sumárias, ameaças, extorsão e exploração de bens e serviços envolvendo operados pela milícia são noticiados todos os dias.

Tais grupos se mantêm com os recursos financeiros provenientes da extorsão da população e da exploração clandestina de gás, televisão a cabo, máquinas caça-níqueis, agiotagem, ágio sobre venda de imóveis, etc.

Jerominho e o irmão Natalino Guimarães, que foi deputado estadual e também policial civil, ficaram presos entre 2007 e 2018 e são apontados como fundadores da primeira milícia do Rio de Janeiro, a Liga da Justiça, criada na zona oeste.

Milícias são grupos criminosos formados e chefiados por agentes de segurança do Estado: policiais militares, policiais civis, bombeiros e guardas municipais, em associação com civis, cujo objetivo é a obtenção de ganhos econômicos, políticos, sociais e culturais a partir da venda de serviços: segurança aos comerciantes ...