Qual a diferença entre ego e Amor-próprio?

Perguntado por: dhipolito . Última atualização: 17 de julho de 2023
4 / 5 9 votos

De acordo com o dicionário, egoísmo é “falta de altruísmo; apego excessivo aos próprios interesses; comportamento da pessoa que não tem em consideração os interesses dos outros; tendência de excluir os outros, tornando-se a única referência sobre tudo”. Já o amor-próprio é um sentimento afetivo em relação a si mesmo.

Para o egóico, a sua visão do mundo é única e a mais verdadeira, razão pela qual tudo o que lhe possam dizer além disso é mera perda de tempo e de energia. Por outro lado, uma pessoa com muita autoestima é capaz de olhar além de seu próprio ponto de vista.

Amor-próprio é o apreço nutrido por si mesmo. É a aceitação das qualidades, defeitos, conquistas, fracassos, escolhas e experiências de vida em sua plenitude. Quem se ama compreende que é imperfeito e pode errar, além de estar disposto a melhorar sem interferência do orgulho.

Apesar de serem termos relacionados, a autoestima e amor próprio não são a mesma coisa. Enquanto o amor próprio é um sentimento de aceitação e valorização de si mesmo, a autoestima é mais específica e está relacionada à avaliação de diferentes aspectos da sua vida.

Amor próprio (ou autoamor) tem a ver com respeito, com valorização, com cuidado, com autoestima. Orgulho (no sentido negativo) tem a ver com ego, com a admiração pelo próprio mérito, com arrogância, se colocando acima das pessoas, e se comparando com elas.

O conceito de ego, id, superego e alterego foram criados por Freud para explicar o funcionamento da mente humana. Assim, o ego é a parte consciente, responsável por interpretar a realidade, memória, emoções e percepção – relação do indivíduo com o meio – e mediador ente o Id e o superego.

Uma pessoa de ego inflado é aquela que se vangloria o tempo todo, que é autoconfiante em excesso, que se acha melhor do que todo mundo e que não aceita ser questionada, pois, é claro, está sempre certa.

A psicologia entende o amor próprio como a valorização, aceitação e respeito por si mesmo, que envolve uma visão positiva e realista sobre si mesmo, bem como uma sensação de autoestima e autoconfiança.

Deste modo, Freud aborda que a origem do ego é uma projeção do amor próprio, do investimento do eu: "um indivíduo que ama priva-se, por assim dizer, de uma parte do seu narcisismo, que só pode ser substituída pelo amor de outra pessoa por ele" (FREUD, 1914a/1996, p. 105).

Amor-próprio é definido como a prática de amar a si mesmo. Ou seja, a pessoa que se ama tem apreciação por si mesma. Ela reconhece o valor da sua personalidade, competências, aparência, experiências de vida, valores, entre outros.

E quais são os tipos de autoestima? Muito se acredita que existem apenas dois tipos de autoestima: a baixa e a alta, e que ela se constitui a partir desses dois níveis.

Autoestima é o apreço, valorização e confiança que uma pessoa tem por si própria, sendo formada ainda na infância. A autoestima é a apreciação que uma pessoa faz de si mesma em relação à sua autoconfiança e seu autorrespeito.

Quando o nosso lado de dentro está bem, o de fora vira espelho. Existe no silêncio uma tão profunda sabedoria que às vezes ele se transforma na mais perfeita resposta! O autoconhecimento é o começo da sabedoria, em cuja tranquilidade e silêncio encontra o imensurável.