Qual a diferença entre o ego e o amor próprio?

Perguntado por: agodinho . Última atualização: 17 de julho de 2023
4.5 / 5 19 votos

Se não consegue algo positivo, a pessoa com ego alto não precisará dos outros. Alguém com autoestima saudável não age dessa maneira, pois não usa os outros para alcançar seus fins, e graças aos outros, sabe que pode crescer. Alguém com autoestima nunca age por interesse.

De acordo com o dicionário, egoísmo é “falta de altruísmo; apego excessivo aos próprios interesses; comportamento da pessoa que não tem em consideração os interesses dos outros; tendência de excluir os outros, tornando-se a única referência sobre tudo”. Já o amor-próprio é um sentimento afetivo em relação a si mesmo.

Para o egóico, a sua visão do mundo é única e a mais verdadeira, razão pela qual tudo o que lhe possam dizer além disso é mera perda de tempo e de energia. Por outro lado, uma pessoa com muita autoestima é capaz de olhar além de seu próprio ponto de vista.

Amor-próprio é o apreço nutrido por si mesmo. É a aceitação das qualidades, defeitos, conquistas, fracassos, escolhas e experiências de vida em sua plenitude. Quem se ama compreende que é imperfeito e pode errar, além de estar disposto a melhorar sem interferência do orgulho.

Apesar de serem termos relacionados, a autoestima e amor próprio não são a mesma coisa. Enquanto o amor próprio é um sentimento de aceitação e valorização de si mesmo, a autoestima é mais específica e está relacionada à avaliação de diferentes aspectos da sua vida.

Ego é a consciência, o “eu de cada um”, ou seja, o que caracteriza a personalidade de cada indivíduo. O conceito de ego é bastante utilizado em estudos relacionados à psicanálise e à filosofia. De acordo com a teoria psicanalítica, o ego faz parte da tríade do modelo psíquico, formado pelo ego, pelo superego e pelo id.

Uma pessoa de ego inflado é aquela que se vangloria o tempo todo, que é autoconfiante em excesso, que se acha melhor do que todo mundo e que não aceita ser questionada, pois, é claro, está sempre certa.

Ou seja, a opinião que a pessoa tem de si está distorcida e tende a ser uma imagem de grandeza, pouco objetiva ou fiel à realidade. As pessoas que se deixam levar pelo ego normalmente se sentem superiores aos demais e, não raras vezes, assumem falas pedantes e que roçam o desejo de humilhar os demais.

As emoções são parte importante de um sistema complexo de reações corporais e cerebrais, os sentimentos acontecem quase conscientemente de forma gradual e o ego é algo que todos temos, sendo inflado, regulado etc.

Pessoa que não tem amor-próprio, se importa mais com as pessoas do que com a si mesmo, Exemplo de uso da palavra Ego baixo: Ao invés de pensar na própria situação, pensa na dos outros, pois tem ego baixo.

A psicologia entende o amor próprio como a valorização, aceitação e respeito por si mesmo, que envolve uma visão positiva e realista sobre si mesmo, bem como uma sensação de autoestima e autoconfiança.

Ser bondoso consigo mesmo, não apenas com os outros; Definir limites saudáveis para a sua vida; Se expressar com autenticidade; Ouvir as necessidades da sua saúde física; e.

Deste modo, Freud aborda que a origem do ego é uma projeção do amor próprio, do investimento do eu: "um indivíduo que ama priva-se, por assim dizer, de uma parte do seu narcisismo, que só pode ser substituída pelo amor de outra pessoa por ele" (FREUD, 1914a/1996, p. 105).