Qual a diferença entre a cidade dos homens e a Cidade de Deus?

Perguntado por: lsoares . Última atualização: 17 de julho de 2023
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Recordo-me de um trecho da obra “Cidade de Deus”, escrita por Santo Agostinho, em que ele discute a diferença entre a cidade dos homens, marcada pela busca de prazeres materiais e passageiros, e a cidade de Deus, onde a verdadeira felicidade reside na comunhão com o divino.

Cidade é a reunião dos homens em comunhão de coração. As pessoas se unem em função do amor proveniente dos corações humanos. Santo Agostinho identifica dois amores, sendo um deles gerador da Cidade dos Homens e o segundo genitor da Cidade dos Anjos. Os homens só vislumbram a terra e o amor próprio.

Se a cidade de Deus é o horizonte último do cristão em sua jornada no tempo, todavia, ainda não é plenamente. A cidade terrena o envolve e, ainda, o desafia e o provoca.

O filme Cidade de Deus é um marco na história do cinema brasileiro. Dirigido por Fernando Meirelles e inspirado no livro homônimo do escritor Paulo Lins, o longa mostra a violência e as desigualdades sociais da comunidade Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O erro daqueles que habitam a cidade dos homens é não amar a Deus sobre todas as coisas e não considerar a existência da cidade de Deus em suas atitudes, segundo Santo Agostinho.

A Cidade de Deus, também chamada pela abreviatura CDD pelos moradores, é um bairro da Zona Oeste do Rio. Originariamente, deveria ser um conjunto habitacional. Fazia parte de um planejamento do governo do Estado da Guanabara que, na década de 1960, buscava um modelo para o Programa Habitacional.

Em Cidade de Deus, o filósofo fala de dogmas relacionados ao cristianismo, como a vida eterna da alma e a bem-aventurança, além do paraíso e da bondade de Deus. Os escritos contidos nessa obra mostram-se como o princípio para a compreensão de uma filosofia cristã. Santo Agostinho redigindo suas obras.

A Nova Jerusalém que João viu descer do céu é a cidade celestial de Deus. É provável que inclua a cidade de Enoque, que foi transladada e levada ao céu. Essa “ cidade santa” vai descer e unir-se à Nova Jerusalém, ou Sião, que os santos terão construído na Terra (ver Moisés 7:62–64).

Jerusalém não é apenas "dos cristãos" ou "dos judeus" ou "dos muçulmanos", mas Jerusalém é a cidade de Deus, pertence a Ele , e estamos todos aqui para experimentar Sua presença e render culto .

Jerusalém e o direito divino
Para os judeus, Jerusalém é considerada divina porque foi a capital do Reino de Davi. Esse também foi o local onde o Rei Salomão construiu o templo para guardar a Arca da Aliança – aquela que continha os restos das tábuas sagradas nas quais foram escritos os 10 mandamentos.