Quais as consequências negativas da procrastinação?

Perguntado por: tpeixoto6 . Última atualização: 20 de julho de 2023
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De fato, há estudos que mostram que o comportamento de procrastinar pode estar associado a diferentes consequências negativas, tais como maiores níveis de estresse, depressão e ansiedade, pior desempenho acadêmico, menor satisfação com o trabalho, presença de doenças físicas e/ou transtornos mentais, menores níveis de ...

Ela começa como um sintoma do dia a dia, mas pode levar a um transtorno psicológico. E isso acontece porque a angústia e sobrecarga de não executar as tarefas no prazo definido começa a afetar o emocional da pessoa que procrastina, abalando sua confiança, provocando ansiedade e levando à depressão e outras doenças.

O fato de que a procrastinação tem consequências a longo prazo acaba tornando-a uma fonte de estresse. Disto, surge a motivação para não procrastinar. No entanto, uma ideia não cancela a outra: o cérebro é capaz de manter duas ideias conflitantes ao mesmo tempo, ao custo de causar uma imensa ansiedade.

Estima-se que 80% dos estudantes procrastinam e, destes, metade tem prejuízos importantes na vida escolar por causa do adiamento das atividades estudantis. A procrastinação afeta cronicamente de 15 a 20% da população adulta e esporadicamente até 90% das pessoas em geral.

A procrastinação tem influência direta na saúde e qualidade de vida. Isso ocorre porque, ao atrasar as atividades e não conseguir atender todas as demandas e compromissos, o indivíduo começa a se sentir mal, angustiado, sem energia e sobrecarregado.

Para alguns especialistas no assunto, a procrastinação resulta de uma luta entre o sistema límbico de uma pessoa e o córtex pré-frontal do cérebro. O sistema alímbico é a parte mais antiga do cérebro e é "automática". Ela busca por prazer, e isso inclui evitar situações que tragam angústia.

Com isso, os afazeres se acumulam e a situação se torna ainda mais prejudicial. Algumas sensações, como angústia, insegurança, medo e frustração, podem ser experimentadas. E, em alto grau, têm potencial de desencadear quadros de estresse, ansiedade e até mesmo depressão.

A procrastinação refere-se ao atraso desnecessário e irracional de uma tarefa ou tomada de decisão acompanhado de desconforto psicológico e emoções negativas, como culpa e insatisfação (Basco, 2010; Ellis & Knaus, 1977; Haghbin, McCaffrey, & Pychyl, 2012).

Aí está uma descrição bíblica de um procrastinador: diligentemente ocupado com coisas ao seu redor, enquanto aquilo que precisa ser feito fica parado. A menos que esteja fazendo o que Deus o chamou para fazer, você estará procrastinando.

Para a psicanálise, procrastinação é um mecanismo de defesa que tem origem na infância como forma de proteção, mas que leva a uma autossabotagem. Uma pessoa que foi criada por outras pessoas muito autoritárias desenvolve um mecanismo de proteção contra o sofrimento e o medo.

A procrastinação se caracteriza pelo hábito de adiar ou prorrogar a realização de uma tarefa ou uma tomada de decisão. Se o procrastinador precisa pagar uma conta, por exemplo, ele deixa para o dia de vencimento. Se precisa comprar um presente de aniversário, espera até a data para realizar a escolha.